Dando uma volta pela Feira do Livro, constatei que o evento prima pela decadência, aliás, em matéria de decadência o Hangar Centro de Convenções é o retrato do descaso governamental. No primeiro andar, todas as vidraças laterais, absolutamente todas, estão rachadas. O piso do imóvel completamente manchado e as instalações em geral marcados pelo abandono. Pra completar, a taxa pelo uso do estacionamento nada fica a dever em carestia a shoppings ou supermercados, R$10 por menos de uma hora de uso.
Ah...quanto ao livro consta apenas do nome do evento, pois, na verdade, deveria era chamar-se Feira da Apostila, de longe os impressos mais exibidos em quase todos os stands, desde as que servem de bibliografia para concursos públicos até as destinadas ao estudo para o ENEM. Apesar da presença de editoras da UNESP, UFMG, UNICAMP, UFPA, UEPA e até UFRA, entre tantas, a quantidade de livros disponíveis é bastante inferior ao ofertado ano passado, seguindo essa tendência de derrocada.
Uma pena, mas perfeitamente compreensível em uma terra que trata a cultura como algo restrito a pequenos círculos e que tem governantes refratários a gastar recursos públicos no incentivo dessa atividade. O resultado é a oferta medíocre em um ambiente caidaço, emblematicamente desnudado ontem pela manifestação indignada dos professores contra várias mazelas que acometem esse governo, mas que pode muito bem ser referido diante dessa farsa em que transformaram um evento outrora tão significativo pros paraenses. Lamentável!
Um comentário:
Não é só o hangar que está mal conservado; a escola de desgoverno também está mal conservada: o lixo toma conta do quintal da mesma, se proliferando ratos, baratas, carapanã, etc. mas, não falta dinheiro para as festas com contratos milionários. AH um tce ou mp nesses contratos!
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