Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 18 de abril de 2015

O nada discreto charme da ladroagem tucana

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Foi preciso que os jornalistas Palmério Dória e Paulo Moreira Leite estabelecessem a comparação entre o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, ora preso no Paraná, por decisão arbitrária de outro patife togado da laia do salafrário Joaquim Barbosa, e os tesoureiros do PSDB, chegando Leite à óbvia conclusão que Vaccari, perto dos ladravazes que tomaram conta das finanças privatas é um santo.

Enquanto isso, o partido de Dilma limitou-se a soltar uma nota de solidariedade a seu militante, enquanto boa parte dos integrantes da legenda optava por virar as costas ao companheiro. Ou seja, eventuais divergências internas colaboraram enormemente com o discurso histérico de quadrilheiros audaciosos contra Vaccari, criando um clima pra atitude solerte do justiceiro paranaense, bem como pra que as gangues midiáticas fizessem disso sua pièce de resistence.

Enquanto isso, o espírito olímpico que embala o comportamento petista diante dos quatro ladravazes tucanos que comandaram também campanhas dos mega larápios José Serra e FHC, sendo que um deles acaba de ser lançado candidato a candidato à prefeitura de São Paulo pelo príncipe da privataria, como se fosse a coisa mais normal do mundo anunciar que o terceiro maior orçamento do país tem um pretendente a comandá-lo: um assaltante perigosíssimo. Se fosse petista os flibusteiros midiáticos certamente sugeririam que a famigerada pretensão fosse exposta em um desses vulgares programas policialescos que a tevê brasileira exibe à exaustão.

A apatia é tamanha que o pai desnaturado, esqueceu de pagar a pensão devida à filha por 15 anos; e distraído,  esqueceu de declarar ao imposto de renda um "troquinho" de R$ 15 milhões, senador Álvaro Dias, chegou a declarar que a culpa da impunidade que acoberta malfeitores privatas, como Aébrio do pó, é do PT, que está no governo há 13 anos e nunca abriu uma investigação contra os governos de FHC.

Fato é que Sérgio Motta "garantiu os votos necessários para aprovar a emenda que permitiu a FHC disputar a reeleição, em 1998, comprando 150 votos, por R$ 200 000 cada"; Ricardo Sérgio de Oliveira "atuou no passado como um dos arrecadadores de fundos do alto tucanato, foi gravado quando admitiu, em conversa telefônica, que estava atingindo o “limite da irresponsabilidade” na montagem de consórcios que disputaram as teles"; Márcio Fortes "apareceu entre os 8 000 brasileiros com contas no HSBC, na Suíça. Titular de três contas na instituição, que somavam US$ 2,4 milhões em 2007,  sendo que ele nunca informou o TRE-RJ desse investimento, revelou o insuspeito(de não compactuar com ladroagens privatas) Globo; e Andrea Matarazzo, que "participou da coleta de recursos de forma suspeita, até até que explodiu — fora do país, naturalmente — o escândalo da multinacional Alstom, tradicional fornecedora de equipamentos para o governo paulista. Apareceram memorandos internos em que um diretor se dizia disposto a pagar uma comissão de 7,5% para obter um contrato de R$ 100 milhões junto à Eletropaulo. Os papéis detalhavam: os 7,5% seriam divididos entre “as finanças do partido”, “o tribunal de contas” e a “Secretaria de Energia”. Não havia nomes, mas os endereços comprometiam vários figurões do PSDB paulista, inclusive Matarazzo que, na época, ocupava a Secretaria de Energia, a quem a Eletropaulo estava subordinada".

Ainda hoje, na insuspeita(de não compactuar com ladroagens privatas) revista Época do grupo Globo, há essa notícia, "O senador tucano Aécio Neves voou em helicópteros do governo de Minas Gerais por cinco vezes para se deslocar em Belo Horizonte e pegou carona num avião - também do governo - para viajar da capital mineira até Brasília. Os passeios começaram logo após Aécio deixar o governo de Minas e se estenderam até 2012. Aécio diz que está tudo dentro da normalidade. Ao menos ele não voou até o aeroporto em Cláudio – aquele que foi desapropriado em seu governo nas terras do tio dele". Sintam só o clima de "normalidade" com que tucanos se apropriam da coisa pública.

Voltando ao caso dos quatro ladravazes do apocalipse privata, fora "o paraninfo" dessa ladroagem Serjão Motta que já morreu, os demais estão aí vivos, por sinal, muito vivos a ponto de surrupiarem dinheiro público e continuarem a ser vistos como pessoas de bem ,pois vêm de outra linhagem, situada no topo social, sugerindo algo de preferência pela punição de Pobre, Preto e Puta daí o que ocorreu com o sindicalista João Vaccari Neto. Lamentável!

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