Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Combate contra o entreguismo e a truculência

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(Foto 247)
Além de escancarar a pretensão de transformar a Petrobras em uma espécie de Companhia de Mineração Novalimense, esta uma espécie de testa de ferro da empresa estadunidense Hanna Corporation, que João Goulart, ainda como primeiro ministro cancelou suas jazidas minério despertando a ira do ultra direitista Carlos Lacerda e dos ministros militares, o projeto apresentado pelo tucano José Serra no Senado Federal, que abre a exploração das jazidas de petróleo e gás do pré-sal às empresas estrangeiras, desnuda definitivamente o elo entre os interesses das multinacionais daquele ramo de negócios com o modus operandi de certa parcela da oposição no Brasil.

No início da campanha presidencial de 2014, era visível o racha pessedebista e a disposição discretamente manifesta por Serra de dar o troco à atitude de Aécio Neves, na campanha de 2010, quando foi acusado pelo paulista de fazer corpo mole. Serra mantinha seus áulicos atrelados à candidatura de Eduardo Campos e, quando esse morreu, ficou ainda mais acintosa a opção preferencial por Marina a ponto de Aécio ser considerado fora da disputa. Tão fora que havia até quem especulasse do descabido risco de Aécio ficar atrás do flatulento pastor Everaldo.

Hoje, percebe-se que o capital estrangeiro, que imiscuiu-se enormemente  nas campanhas do campo conservador, fez vários balões de ensaio, diante da ruindade das opções existentes. Só isso explica  o ciclotímico comportamento do braço midiático desse campo, bem como as sucessivas trocas. Aécio começou na dianteira, de repente, surge o episódio da construção de um aeroporto, com dinheiro público, nas terras de propriedade de sua família ferindo mortalmente sua candidatura; Marina chegou até a especular a respeito do ministério que formaria, tamanha era a dianteira que abriu nas pesquisas em relação a Dilma, sendo a certa altura já considerada presidenta.

De repente, as argumentações petistas passaram a merecer da mídia conservadora uma atenção nunca dantes vista e a candidatura de Marina começou a definhar. Na reta final, lá estava Aécio novamente no páreo e Marina chutada pelos ex-aliados como se fosse um cão morto.

Foi então que a campanha atingiu seu ponto mias sórdido, sendo o emblema dessa sordidez a capa da revista Veja/Bandida relacionando Dilma e Lula com os fatos da Operação Lava Jato, às vésperas da eleição, daí virando panfleto de campanha e criando entre os beneficiários dessa velhacaria a certeza da vitória, ilusão que persistiu até começar a apuração dos votos oriundos das regiões Norte, e principalmente Nordeste, que garantiram a vitória de Dilma e ensejaram uma explosão de torpezas expondo os mais baixos sentimentos que podem caber dentro de um ser humano à beira da renúncia desta condição.

Grande parte desse segmento social, ressalte-se, ainda não assimilou a derrota e mantém o mesmo comportamento truculento, algo politicamente insustentável à medida que não agrega uma parcela despolitizada da sociedade que, mesmo beneficiária de programas sociais, embarcou na histeria negativa irradiada pela mídia, mas não tem como ser xenófoba, racista ou até mesmo homofóbica.

É essa leitura da conjuntura que faz com que Serra dê um cavalo de pau no bonde oposicionista e escancare seu papel de parlamentar a serviço dos interesses de um certo segmento empresarial externo, arriscando-se a debater a situação e debatendo abertamente sua posição. Afinal, se Eduardo Cunha pode assumir abertamente que defende os interesses dos planos de saúde privados contra o SUS, por que Serra não pode fazer o mesmo em relação aos interesses que o movem?

Combater essas duas frentes, tea party tupiniquim comandado por Aécio e sua trupe truculenta, mas marcada por denúncias de arrepiar os cabelos do ex-probo Demóstenes; e do outro, Serra, ao lado de falsários da lábia, como o salafrário Freire, e Eduardo Cunha, cujo cargo é exercido com notável e preocupante senso de apropriação do público pelos mais específicos interesses de uma casta que vê o momento como crucial para refrear um projeto popular aproveitando-se de turbulências que se apresentam diante dos condutores desse projeto. Pau puro!

 

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