Suave qui peut

A aprovação do fim das coligações proporcionais no Senado Federal, ainda vai à votação em segundo turno e depois segue para a Câmara Federal, revela de cara o fim da aliança PTXPMDB. Significa, ainda, que está sacramentada a decisão pemedebista de ter candidatura própria em 2018, além de outras implicações.

Perto de perder a condição de maior partido, caso Aécio tivesse se tornado presidente(toc toc toc), agora o coronelato do partido vê esgotada a estratégia que atravessou do autoritarismo à democracia, mantendo seu protagonismo.

Assim, vai se desenhando o quadro mais surreal que se poderia imaginar. Ao mesmo tempo que é governo, o partido de Eduardo Cunha tomará do PSDB a condição de liderar a a oposição ao governo do qual faz parte.

Por enquanto, o PT ainda não descobriu uma fórmula de neutralizar a série de achaques a que é submetido e continua alimentando o monstro pra conter sua ira. A ida de Henrique Eduardo Alves para o Ministério do Turismo parece ser o mais recente ato de sacrifício, porém seguramente não o derradeiro.

Diante do quadro que vai se desenhando, aguarda-se para breve a dissolução de uma penca de partidos nanicos e o consequente inchaço pemedebista, principalmente de deputados estaduais e vereadores, ávidos por garantir seus respectivos espaços políticos já nas eleições de 2016. Salve-se quem puder!