Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 11 de março de 2015

O dilema privata entre o golpismo e o respeito à democracia


Tucanos brincaram com o golpismo, antes, durante e depois que perderam as eleições presidenciais que queriam ganhar nem que fosse através de um golpe, como ficou patente no uso daquele sórdido panfleto/veja mostrando Dilma enrolada, segundo a vil publicação, com a crise decorrente da operação Lava Jato, patranha midiática que se auto desmascarou, conforme manifestação da própria Procuradoria Geral da República ao nem sequer citar a presidenta na investigação.

Foi-se a eleição, ficou o golpismo, sempre inspirado na desobediência das regras, escancarada ou sutilmente, mas, de qualquer modo manifestado como o não acatamento da ordem democrática resultante da vontade popular. Vem sendo assim desde então, criando o clima de tensão cujo nível será avaliado no domingo, após a realização da versão demo/tucano/pepessista da Marcha da Família que precedeu o golpe empresarial/militar dado em 1964.

O receio tucano de bancar o trouxa udenista da hora pululou em cores fortes na entrevista concedida pelo senador Aloysio Nunes Ferreira(PSDB/SP) à Raquel Scherezade e Marco Antônio Villa, na rádio Jovem Pan, quando Nunes enfatizou não haver justificativa legal pro pedido de impedimento, merecendo a reação indignada dos dois infames direitosos, acostumados com a retórica velhaca do senador paulista durante as eleições.

É que, tardiamente, os coroneis tucanos parecem ter entendido que um golpe pode levar à repetição da farsa de 1964, quando a UDN, símile remoto do PSDB, acreditou bovinamente que os milicos dariam o golpe e lhes entregariam o poder em seguida, o que não ocorreu como é sabido por todos levando o celerado Carlos Lacerda a procurar Jango e Juscelino em seus respectivos exílios para tentar organizar uma desajeitada resistência democrática, algo impossível àquela altura.

Agora, a horda privata sabe que corre o mesmo risco da UDN na medida em que quase cem por cento de seu exército de coxinhas, dondocas, rentistas e toda a malta que vota neles não sente qualquer antipatia pela solução militar, antes, pelo contrário. Daí, então, surge o discurso arrependido que tenta refrear o ímpeto do golpe que ajudaram a difundir. Correm o risco da execração pelos dois polos. Bem feito!

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