A 'Lista de Janot' dá a entender que só levou em consideração aquilo que foi denunciado pela 'Operação Lava Jato' no âmbito da Petrobras, ignorando solenemente qualquer nexo dos fatos gerados na estatal com outros ocorridos em outras ocasiões e até em outras estatais com o mesmo modus operandi.
Só isso explica a exclusão do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, das investigações enviadas pelo titular da PGR ao STF, contra os parlamentares citados. Segundo o jornal Estado de São Paulo, "O doleiro disse que recolheu dinheiro de propina na empresa Bauruense cerca de dez vezes. Em uma delas, o repasse não foi feito integralmente e faltavam R$ 4 milhões. Youssef afirmou aos investigadores ter sido informado de que “alguém do PSDB” já havia coletado a quantia pendente.
Indagado pelos procuradores, Youssef declarou não ter conhecimento de qual parlamentar havia retirado a comissão, mas afirmou que o então deputado federal Aécio Neves teria influência sobre a diretoria de Furnas e que o mineiro estaria recebendo o recurso “através de sua irmã”, segundo o texto literal da delação, sem especificar a qual das duas irmãs do senador ele se referia. O delator disse ainda “não saber como teria sido implementado o ‘comissionamento’ de Aécio Neves”.
Na delação, o doleiro descreve que de 1994 a 2001 o PSDB era responsável pela diretoria de Furnas. Yousseff declarou que recebia o dinheiro de José Janene nas cidades paulistas de Bauru e de São Paulo e enviava o valor para Londrina ou Brasília."
Diante de denúncias praticamente todas feitas de forma oral, sem o devido acompanhamento de documentos que as justifiquem, provavelmente serão arquivadas em sua grande maioria, sendo certo que condenem apenas os que já estão presos e olhe lá. Como a nova CPI da Petrobras restringiu-se a período mais recente, furtando-se de ir à raiz do problema, então, corremos o risco de vivermos mais um período de muito barulho por nada a ser apurado, restando apenas o estrago político já feito, até o próximo escândalo pré fabricado. Não por acaso, já falam em um desdobramento desse tipo de encenação na contratação das obras de Belo Monte. Talvez sob direção global/televisiva do infame James Cameron. Lamentável!
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