Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

O perigo vem de dentro


A tal PEC da Bengala, que estenderá a idade obrigatória de aposentadoria dos membros do Poder Judiciário dos atuais 70 para 75 anos, vem sendo cogitada como uma das armas a ser usada contra a presidenta Dilma Rousseff, que terá a oportunidade de nomear até 5 ministros pro STF até dezembro. Com a aprovação da dita cuja, Dilma nomearia apenas o substituto do verdugo Barbosa, já aposentado e por vontade própria.

No entanto, a estratégia da oposição pode dar com os burros nágua, porquanto esbarra nas realidades regionais vividas por governadores estaduais que nomeiam conselheiros dos tribunais de contas. O caso do Pará é emblemático. Simão terá, até o fim de seu mandato, a oportunidade de ungir à essas cortes de contas uma penca de conselheiros, que julgarão as suas e as contas de seus aliados, muitos vivendo em apuros legais por conta de peripécias administrativas custeadas pelo erário.

Ora, diante dessa suculenta prerrogativa, por que iria nosso governante e ex-cantor abrir mão dela e no futuro ver aliados comendo o pão que o diabo amassou?

Conclusão: é pouco provável que bancadas de parlamentares aliados de governadores vivendo situações semelhantes contribuam com o quorum qualificado exido para aprovação de uma emenda constitucional dessa natureza, apenas pra impedir que Dilma nomeie cinco ministros. Portanto, é melhor apostar no aparecimento de novos Barbosas, Fuxs, Rosas, Toffolis e outros, que se aproximaram do governo encenando visão progressista do direito e depois mostrara suas verdadeiras caras, do que abrir mão de algo que vem sendo usado politicamente como ardil de ampliação da base aliada de governantes em diversos segmentos institucionais. Voltando ao exemplo do Pará, prestem atenção quantos ex-deputados tucanos compõe hoje os quadros do TCM e TCE.  

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