Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Com a força do povo...


Percebo em alguns dos chamados 'blogs sujos' muitas críticas em relação ao perfil conservador do novo Congresso Nacional, empossado ontem e que elegeu um dos expoentes desse conservadorismo pra presidir a Câmara Federal. Há até a possibilidade desse deputado ser o instrumento que a oposição sonha pra dar o golpe paraguaio cogitado desde quando Dilma derrotou Aécio em outubro.

Claro que quase cerca de cem por cento dessas críticas são procedentes e refletem a expectativa de frustração de toda uma agenda de cunho social oriunda das diversas reuniões que entidades populares produziram no ano passado. No entanto, é melhor um congresso ruim que nenhum. Melhor um Poder Legislativo funcionando sob o império da democracia, do que a pax autoritária sonhada por uma parcela da sociedade, ainda que insignificante enquanto representação social, conforme demonstraram as manifestações de rua feitas por esse segmento idiotizado da sociedade.

Além disso, essa agenda é primordialmente da sociedade. Se o governo a encampa é excelente, porém, nada melhor do que a força do movimento popular pra mostrar a esse congresso conservador que o voto não é uma procuração, passada de quatro em quatro anos, concedendo plenos poderes aos detentores de mandato eletivo. Nesse sentido, quanto mais conservador o parlamento mais progressista deve ser a atuação dessas forças sociais, mais atuantes elas têm que ser na perspectiva de dar legitimidade ao funcionamento do Poder Legislativo a fim de impedir que embarque em aventuras autoritárias.

A batalha perdida ontem não pode ser encarada como a perda da guerra. Como diz o velho bordão, 'a luta continua!'. Ou melhor, ela está apenas começando e para enfrentá-la é preciso determinação e mobilização, algo que se espera retomado, com um profundo diferencial de qualidade em relação ao que foi visto em junho de 2013, qual seja, a não criminalização da atividade política, fazendo ver que a sua criminalização não passa de ardil reacionário com vistas ao exercício do poder absoluto e apartado dos mais altos interesses sociais.

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