Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Similar degenerado


Impressionante como o quadro partidário atual parece muito com o quadro dos tempos anteriores ao golpe de 1964. O PSDB e seus cotocos de braço, PPS e DEM, é a cara da UDN; e o PMDB atual é escrito e escarrado o velho PSD de Tancredo e Juscelino, sempre disposto à conciliação, porém, vendo esta como instrumento do ardil que o colocova como principal protagonista do jogo duplo, ora cerrando posição junto com o trabalhismo ora fechando com a direita, sempre em defesa de interesses particulares notadamente do latifúndio, o principal negócio dos capos.

No ano anterior ao golpe, quando a oposição fraquinha de então entregou sua liderança nas mãos dos celerados yankees Lincoln Gordon, representado o departamento de estado dos EUA; e Vernon Walters, jagunço representante da CIA, Juscelino Kubitschek, sentindo o cheiro do golpe foi até Jango e sugeriu que este desse uma guinada política à direita, exonerando os ministros progressistas do governo, bem como rompesse relações com o CGT e Ligas Camponesas, o que equivalia, entre outras torpezas, dar o aval até então negado, para a invasão de Cuba.

Jango ignorou a sugestão, manteve-se altivo, embora isolado, mas caiu de pé. Não por acaso, o verme que declarou vago o cargo de presidente da República, mesmo com Jango estando em território brasileiro, foi o deputado que presidia a Câmara Federal, Auro de Moura Andrade, do PSD.

Diante das posições políticas de capos pemedebistas, como o velhaco Eduardo Cunha, que agem como verdadeiros símiles dos mais acafajestados pessedistas do passado, percebe-se quanto o trabalhismo atual, representado pelo PT, terá que ter muito estômago e jogo de cintura pra tocar em frente a governabilidade que obteve conquistas sociais admiráveis, muito mais do que o governo Jango, cercado desde a posse com a decisiva colaboração do seu principal aliado, primeiro com o malsinado parlamentarismo, depois aliando-se ao golpismo. Até aqui, o principal aliado do petismo é o mais renitente defensor da mídia como ela é, assim como do poder econômico influenciando nas eleições como está. Aparentemente, o petismo está mais apto a obter a vitória que o trabalhismo petebista não conseguiu porque possui apoio popular muito mais sólido. No entanto, sabemos todos, na prática a teoria é outra.

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