Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 14 de dezembro de 2014

O triste papel de Aécio e Lobão


Em seu admirável livro 'O governo João Goulart'(ed UNESP), Luiz Alberto Moniz Bandeira relata o
escabroso plano de um dos segmentos da milicocracia brasileira pra matar Leonel Brizola, aquela altura exilado no Uruguai. O plano, orientado pela jagunçagem do Pentágono, consistia em expulsar Brizola do exílio em cinco dias e, sem tempo de procurar um refúgio seguro, o ex-governador seria obrigado a retornar ao Brasil, onde seria simulada uma prisão que provocaria a resistência, seguida da execução.

Brizola, infinitamente mais arguto que os milicos, conseguiu em tempo recorde exilar-se no mais improvável dos países: os EUA, valendo-se da tal política de proteção aos direitos humanos do recém eleito presidente Jimmy Carter.

Quanto aos esbirros tupiniquins, pagaram o mico da desastrada operação em todas as suas etapas, desde a concepção, passando pelo desgaste da responsabilização da expulsão até a frustração pelo fracasso do plano, já que a embaixada estadunidense no Brasil, envolvida até o pescoço com todos os passos da deposição de João Goulart desde a trama do golpe, declarou formalmente nada a ter com aquela sinistra trapalhada.

Se tivessem um mínimo de sensatez, Lobão e Aécio poupariam suas mucosas nasais por um tempo, dedicando o dito cujo à leitura do livro de Moniz Bandeira. Assim, poderiam avaliar o triste papel de bobos de corte que fazem ao protagonizarem toda a sorte de sujeiras perpetradas contra a democracia brasileira, enquanto seus incentivadores alienígenas posam de civilizados. Tal e qual ocorreu em 1964. Triste!

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