Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Banditismo midiático vai virando rotina diária

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Depois de toda essa escandalização feita ontem, hoje os jornalões mal tocam no tema. O Painel da FSP, em raro diversionismo cínico e típico de quem sabe o que cometeu, chega a especular que a presidenta Dilma focou furiosa com o PT, pelo tamanho da nota lançada pelo partido rebatendo as acusações.

Atropelados por fatos concretos, tiveram mesmo que registrar aquilo que era relevante: a conclusão do inquérito da Polícia Federal responsabilizando 33 pessoas pelo 'Propinão da Bandidagem Tucana', que assaltou a CPTM e graças à justiça da Suíça não ficou impune. Apesar de uma breve homenagem do vício piguento, prestado à decência, esses registros mal disfarçam a sensação de alívio, diante da não inclusão de tucano de alta plumagem entre os indiciados.

Apesar disso, é bom lembrar que está sendo julgado no STF uma denúncia-crime contra os deputados José Aníbal(PSDB-SP) e Rodrigo Garcia(DEM-SP), acusados pelo MP suíço de operadores e beneficiários do 'Propinão'. A votação está empatada em 2 x 2 e sob o pedido de vistas do ministro Luis Fux.

Além disso, uma equipe do MPF foi pra Suíça analisar outros documentos que podem incriminar políticos tucanos que poderiam ser mentores desse golpe e até aqui escapam ilesos, pelo menos do inquérito ontem tornado do conhecimento público.

Assim, as manchetes de ontem, seguidas da indiferença de hoje, não deixam dúvidas a respeito do que moveu a mídia partidária e reacionária tupiniquim, que afiançou a delação de alguém sob tortura psicológica, praticada por um juiz irresponsável e claramente com finalidade golpista, mesmo que se cometa uma(outra) aberração jurídica como foi a farsesca AP Nº470.

Nesse sentido, a nota oficial do PT pode até ter sido lacônica. No entanto, não pode esgotar as medidas que o partido deve adotar em defesa da honra de sua militância e seus dirigentes. Paralelamente à necessidade de se reformar a política nacional, há a necessidade urgente de tirar a mídia brasileira da marginalidade em que ora se encontra, fazendo-a respeitar o estado democrático de direito através da chamada à responsabilidade por aquilo que veicula. Sem isso, corremos o risco de passar os próximos anos sob o efeito delinquente e tornado hábito cotidiano de capas de revista tal e qual aquela publicada a três dias das eleições presidenciais do 2º turno, banditismo do qual as manchetes de ontem são consequência natural.

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