Simão Jatene aproxima-se do término do atual mandato, sem que tivesse dado satisfação ou destino ao terminal hidroviário(custo de cerca de R$8 milhões), construído na gestão anterior, ignorando solenemente a necessidade urgente da melhoria de condições do transporte hidroviário em nosso estado.
A tragédia ocorrida no domingo último, quando um barco sem segurança, dirigido por piloto não habilitado, provocou a morte de pessoas que tentavam chegar na ilha do Jutuba desnuda a incúria governamental simbolizada no descaso citado. Com efeito, é pública e acintosa a necessidade urgente da melhoria não só das embarcações que servem à população, mas, também, dos terminais de embarque e desembarque. Parece até que o desdém oficial com esse problema crônico tem como raiz o cacoete elitista do governador, um perfeccionista quando se trata de cartões postais colocados a serviço de segmentos sociais mais abastados, no entanto, demasiado parcimonioso no cumprimento de seu papel de homem público quando é pra atender os do porão dessa nau.
Fosse, de fato, pra valer a parceria entre os governantes filiados na mesma sigla e já teria saído uma parceria entre as prefeituras de Belém, de Ananindeua e o governo do estado a fim de dotar de decência o largamente utilizado transporte hidroviário que serve as centenas de ilhas da Região Metropolitana, inclusive dando a utilidade necessária ao equipamento que o governador criminosamente deixa deteriorar-se. Assim, o poder público estaria cumprindo seu papel e poupando seres humanos de correr o risco de experimentar o dissabor de tragédias estúpidas como a de domingo.
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