Impressiona o cinismo da Rede Globo, quando clama pelo ingresso de empreiteiras internacionais no mercado brasileiro, por julgar que as grandes empresas genuinamente nacionais sejam atualmente inidôneas.
É a mesma Rede Globo que silenciou a quando da construção da ponte Rio-Niteroi, marcada por denúncias de mil roubalheiras e rendeu ao ministro dos transportes de então, Mário Andreazza, a alcunha nada lisonjeira de 'Ministro 3%', clara alusão ao percentual da propina que caberia ao ministro, sem que a emissora carioca tenha se manifestado.
A mesma Rede Globo que nunca disse um 'ai' a respeito da tenebrosa transação que foi a abertura da rodovia Transamazônica', que Millôr Fernandes muito oportunamente qualificou como a "maior transa nacional". Rios de dinheiro público foram desviados para bolsos particulares fazendo a fortuna de uma malta de pilantras sob o silêncio criminoso da rede de televisão de maior audiência do país.
Nem se fale das peripécias da empreiteira baiana OAS, que sob a proteção do coronelão Toninho Malvadeza cresceu assustadoramente a ponto de receber a alcunha de Obras Arranjadas pelo Sogro, já que um dos sócios daquela empreiteira era genro do indigitado capo baiano.
Agora, como se nada tivesse com isso, a Globo quer zerar o jogo e repetir como farsa todo essa malsinada história. Pior. Ignorando a existência de dezenas, centenas de empresas brasileiras que podem contribuir para que o mercado seja higienizado dessa cartelização criminosa da qual a Globo foi cúmplice. É muito cinismo!
(Com foto e informações do 247)
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