"Em 3 de outubro de 1955, Juscelino Kubitschek e João Goulart venceram o pleito para a Presidência e Vice-Presidência da República, não obstante as restrições e as ameaças do Governo de Café Filho. A UDN, encabeçada pelo jornalista Carlos Lacerda, e alguns militares, pertencentes à Escola Superior de Guerra e à Cruzada Democrática, não aceitaram, pacificamente, a derrota dos seus candidatos, Juarez Távora e Milton Campos. Não admitiam o retorno ao poder do que eles consideravam como o getulismo e procuraram de todas as formas impedir a posse dos eleitos. Mas encontraram um obstáculo. O ministro da Guerra, General Henrique Lott, não aderiu à conspirata e, quando tentaram afastá-lo do cargo, o Exército interveio e derrubou, sucessivamente, dois Presidentes da República, Carlos Luz e Café Filho. Os movimentos de 11 e 21 de novembro de 1955 evitaram o golpe contra as instituições e a implantação da ditadura."(Trecho extraído do livro 'Presença dos EUA no Brasil', de Moniz Bandeira- ed. Civilização Brasileira)
Não se iludam, os personagens atuais que tramam o golpe são os mesmos, políticos de direita derrotados nas urnas, as famiglias de mafiosos que detém o monopólio midiático, militares de pijamas e até ex-comunistas que retiram dos seus baús de perversões pseudos esquerdistas pérolas como, "não se trata de buscar soluções antidemocráticas mas, sim, ao que tudo indica, mudar para preservar a democracia"; argumento semelhante ao de 1964, do ex-poeta maranhense Ferreira Gagá,por sinal, que não produz mais uma quadrinha imunda sequer, apenas prosa reacionária e depravada.
Não se trata, hoje, de recorrermos a um marechal Lott que não existe mais. Trata-se, isto sim, de ir às ruas combater as forças da reação e garantir o término deste governo, a posse futura da presidenta Dilma e o respeito à decisão soberana do povo brasileiro. Não é possível que, 59 anos depois, tenhamos que ser novamente assombrados pela mesma gangue de malfeitores midiáticos com seus intentos golpistas, tendo à frente desse Exército Brancaleone um político acusado de ser um contumaz usuário de drogas e irresponsável, a ponto de prestar-se à aventura tão desvairada.
A postura do PSDB, da mídia e de pulhas como o poeta Ferreira Gagá precisam ser enfrentadas logo, sob pena de transformar-se em rastilho de pólvora e contaminar a boa fé da população, como ocorreu com a malsinada marcha ocorrida em São Paulo no pré-golpe de 1964. Está na hora do Brasil levantar-se e dizer, NÃO AO GOLPE!
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