Depois que Simão Lorota foi hostilizado em Marabá com a mesma indignação mostrada pelos estudantes hostis de Santarém, seus correligionários passaram a depositar esperanças na saída de Helder da presidência da FAMEP como um fato alvissareiro no equilíbrio da disputa ao governo do estado pelo pemedebista e pelo tucano.
Conversa fiada. Isso é tão eficaz quanto atrasar seu relógio pra fugir do casamento marcado, já que aquela representação só servia pra motivar as viagens do candidato a candidato. A força de Helder está na esperteza de Jader em começar a fazer a campanha do filho tão logo este encerrou seu mandato de prefeito. Tratou de juntar-se sorrateiramente ao PT regional e foi preparando o desembarque do nau privata de Simão Lorota, ressabiado que estava com a fúria liberal contra sua presença.
Tudo aquilo que está costurado pelo PMDB em apoio ao seu candidato não se faz de uma hora para outra. É tarefa que exige a paciência de quem sabe jogar sem dividir a bola que imagina poder perder. Prefere provocar o erro do adversário e sair jogando enquanto o adversário está prostrado. Não que Simão esteja derrotado. Não é isso. É que Jader conseguiu reproduzir aqui aquela numerosa aliança que apoia o governo Dilma em apoio a seu filho/candidato, deixando para o adversário apenas aqueles que a emperrada máquina do estado ainda consegue ludibriar, ou para os que não têm outra alternativa.
Quase isolado, Jatene parece contar apenas com a parte menos representativa daquela aliança que o elegeu e com a mídia reacionária dos Maiorana. A julgar por várias reações verificadas nos protestos feitos ano passado, a influência desse grupo que faz a deslavada propaganda do tucanato pouca influência terá sobre o eleitorado, principalmente o mais numeroso, que opta enormemente por dar audiência aos veículos do dono do PMDB.
Claro que a campanha eleitoral pela televisão ainda tem peso significativo nos rumos da eleição porque pode despertar paixões adormecidas. De fato, sem pesquisas específicas para o estado, ficamos sem saber a quantas anda a rejeição de Helder, a avaliação do governo Lorota, como episódios como a greve dos policiais militares, a desastrada construção do BRT, a violência que assombra os paraenses, entre outros fatores, influenciam no ânimo do eleitorado, no momento. No entanto, sabemos que isso pesará bastante durante o período em que estaremos sob o efeito da propaganda política. Aí, sim, veremos quem manipulará melhor a conjuntura.
2 comentários:
Sua análise acerta algumas linhas, mas vc pode ter certeza que nós como eleitores da professora Romana aqui na região e mais os amigos que apoiaram o Padre Nelson em Bragança não vamos embarcar na candidatura apoiada pelo nosso PT, principalmente porque a vestuta Simone Morgado é um peso funesto para isso. Jamais apoiaremos em nossa região esse rapazola malino. O que ele fez em Ananindeua é uma vergonha. O distinto não conseguiu nem levar seu candidato para um segundo turno com o Pioneiro. Portanto, seu prestígio é fraco daí o coitado estagnar nas pesquisas. Espero que até o dia 30 de junho o nosso PT desembarque deste titanic chamado PMDB.
Fique certo que não foi minha intenção convencer alguém a votar em Helder Barbalho, mas apenas mostrar, mais uma vez, que essa tão decantada eficiência tucana não passa de balela. Eles são ruins de administração, de política e de ética. São bons apenas de marketing e olhe lá.
Quanto ao outro, perceba que pouco citei seu nome, afinal, parece um mero espectro do pai. E isso diz tudo. Votar ou não vota vai da avaliação que cada um faz das consequências, principalmente no nosso caso.
Todo mal que seguidas direções partidárias despolitizadas e despolitizadoras podiam fazer já fizeram. Agora nos resta operar a chamada refundação. Como, não sei. Só sei que isso passa pela construção e um novo projeto hegemônico que nos coloque de volta na condução do debate político no Pará.
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