Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

A classe média brasileira também atira bananas

Segundo o UOL, "após campanha criada no Twitter por amigos e familiares, o torcedor que jogou a banana na direção de Daniel Alves vem ganhando mais apoio na Espanha. Nesta última quinta-feira, um grupo de centenas de pessoas foi às ruas para protestar contra a punição que o jovem David Campayo Leo está sofrendo pela mídia, pelo clube e pela justiça. David Campayo Leo foi banido para sempre do estádio do Villarreal, chegou a ser detido pela polícia, mas acabou solto após prestar depoimento".
Assim, o racismo, a arrogância e o conservadorismo do cidadão médio europeu vai transformando o vilão em vítima de uma campanha midiática, segundo seus defensores. Certamente acham que o banimento do celerado é medida extrema e inoportunamente exemplar no sentido de evitar outros ataques da fúria xenófoba que acomete não só espanhóis, mas europeus de uma forma geral.
O tratamento dispensado a brasileiros na Espanha, até recentemente, que chegou a confundir uma palestrante de seminário como se fosse garota de programa; a forma como Portugal expulsou nossos dentistas, sob os olhares resignados do privata FHC e a impunidade dos policiais que mataram o brasileiro Jean Charles de Menezes, em Londres, são bem o retrato de como nos vê a velha mentalidade cruzada europeia. Até admitem erros, como no caso do delinquente que atirou a banana no rumo de Daniel Alves, só não aceitam que sejam rigorosamente punidos. O "erro" foi contra seres de segunda, na visão deles, como se tivessem espancado um animal. Chamem a atenção de quem o fez, mas isso não é motivo de punição tão severa.
Diante de todo o movimento reaça que se observa internamente no Brasil, percebe-se que a boçalidade da nossa classe média alta aceita passivamente raciocínios toscos como esse. Silencia diante da supressão de R$40 bilhões que mídia e oposição no Congresso irresponsavelmente operaram no orçamento da União, no entanto vocifera contra a realização da Copa por achar que o dinheiro gasto, com retorno garantido, diga-se, deveria ir pra saúde pública. Conversa fiada, são clientes de planos de saúde que, para manter atendimento diferenciado aos que hipocritamente clamam por saúde pública, valem-se dos desvios de bilhões de reais do SUS pra remunerar serviços que seus governantes negaram à população necessitada da saúde pública.
Outro exemplo, depois de dar por encerrados os mais duros embates pelo desgaste da realização da Copa do Mundo, a Rede Globo volta-se pra faturar em cima do evento e já começa a bombardear a nossa petulância, de Lula em particular, de ser sede olímpica, em 2016. E não poderia iniciar de forma mais viralata, exaltando as críticas que um merda vice presidente do Comitê Olímpico Internacional faz à organização brasileira. Provavelmente, daqui pra frente, a imagem desse celerado vá aparecer mais nas imagens geradas por essas gangues midiáticas do que a do nosso Ministro dos Esportes. Afinal, essa mentalidade vem desde quando D. João VI fugiu de Napoleão para o Brasil, na companhia de um bando de inúteis. Aqui expropriavam as casas de brasileiros dessa laia que, sorrindo, aquiesciam desde que fossem beneficiados com títulos de uma nobreza chinfrim. Triste!

Um comentário:

Unknown disse...

Logico que atira bananas. Uma marca fundamental da classe media eh o fascismo.