TVT
Na semana passada, representantes de movimentos
populares, jornalistas, estudantes e centrais sindicais se reuniram para
traçar estratégias de ampliação do debate em favor da democratização da
mídia. A primeira plenária nacional de 2014, organizada pelo Fórum
Nacional para a Democratização da Comunicação (FNDC), no Sindicato dos
Jornalistas Profissionais de São Paulo, estudou novos meios para ampliar
a coleta de assinaturas para o projeto de lei de iniciativa popular de
Mídia Democrática.
O projeto, parte da campanha “Para expressar a
liberdade – uma nova lei para um novo tempo”, lançado no ano passado,
pretende regulamentar os artigos da Constituição 5, 21, 221, 222 e 223
que tratam dos meios de comunicação no Brasil, tornando-a mais plural e
inclusiva. Para ser encaminhada ao Congresso Nacional, a campanha
precisa coletar 1,3 milhão de assinaturas. Atualmente, o modelo
midiático brasileiro estabelece concessões a grupos restritos de
comunicação que, segundo o representante do Centro de Mídia Barão de
Itararé Altamiro Borges, “utilizam esses meios como instrumentos de
defesa de interesses econômicos e políticos”.“As lutas dos trabalhadores, das mulheres e dos negros contra o racismo não vão avançar se a comunicação não for democratizada, porque ela é um tema transversal. Ela interfere em todas as lutas porque ela mexe com a cabeça das pessoas”, explicou Borges, em entrevista à TVT.
Pedro Ekman, coordenador do Intervozes Coletivo Brasil de Comunicação Social e integrante do FNDC, em reportagem realizada pela TVT, avaliou que a continuidade das mobilizações sociais, como as manifestações das ruas de junho passado, são importantes para o avanço da pauta, especialmente em um ano marcado por eleições presidenciais. "Colocar para os candidatos a governo do estado, a presidente da República, ao Senado e a Câmara Federal, quem são os candidatos que estão alinhados com a proposta de iniciativa popular, que quer uma mídia mais democrática."
Segundo a secretária de Comunicação da CUT, Rosane Bertotti, coordenadora do FNDC, o PLIP conta hoje com 100 mil assinaturas e precisa de 1,3 milhão para que seja votado no Senado.
(Rede Brasil Atual)
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