Nesta segunda-feira,17, a prefeita de Rondolândia (MT), Bett Sabah,
veio a Brasília para se reunir com o presidente nacional do Partido dos
Trabalhadores (PT), Rui Falcão, e solicitar ajuda para conter a
crescente onda de violência no município. Bett, que também é presidenta
do PT em Rondolândia, está recebendo ameaças de morte desde 2013 por
ações da sua gestão. Segundo ela, parte do problema se deve a tentativas
de coibir a corrupção na região, que convive com o tráfico e disputas
de terras.
“Por conta das ameaças precisei mudar meus filhos da escola, me sinto
insegura para andar pelo município e já recebi informações de que estão
pagando R$130 mil para quem me matar. Aceitei ser presidenta do meu
partido porque meus companheiros estão assustados e com medo das
ameaças” lamenta Sabah.
O presidente Rui Falcão está em contato com o ministro da Justiça,
José Eduardo Cardozo, para que se tomem medidas de apoio ao caso, que já
foi apresentado à Secretaria de Segurança de Mato Grosso. O deputado
federal Ságuas Moraes (PT-MT) está acompanhando a situação da prefeita e
atua junto ao governo do estado para uma rápida solução.
Bett Sabah foi eleita em 2012 em uma disputa acirrada, conquistando a
vitória com diferença de apenas três votos. Enfermeira por formação,
sua gestão investe prioritariamente em saúde, educação e na
infraestrutura da cidade, o que vem gerando conflitos com grupos
criminosos da região.
Casos de violência contra políticos e gestores públicos são
frequentes no município, que apresenta um número alarmante de mortes, já
tendo havido o assassinato de um ex-presidente do PT, morto a tiros na
véspera das eleições de 2012, além do ex-vereador Rubson de Carvalho,
conhecido como Rubão; do líder religioso padre Ezequiel e do indigenista
e ex-presidente da Funai Apoena Meireles.
Rondolândia é um município do interior do Mato Grosso e que fica na
divisa com Rondônia, criado em 1998 depois de ser desmembrado de
Aripuanã. Desde a criação, a cidade vem sofrendo com o problema da
violência e não possui meios para combatê-la, uma vez que o efetivo de
segurança se resume a quatro policiais que tem o dever de proteger os
mais de 3,7 mil habitantes. Além disso, o município também não possui um
delegado ou juiz, sendo que os mais próximos estão a uma distância de
1.200 km, o que agrava a situação de risco.
(Revista Forum)
Nenhum comentário:
Postar um comentário