Pelo que diz a coluna 'Painel', da Folha de São Paulo, a vontade da direção nacional petista é que no Amapá o partido apoie a candidatura ao governo do estado do pessebista Camilo Capiberibe e no Pará do pemedebista Helder Barbalho.
Se é assim, por que não definir logo o apoio a Flávio Dino(PCdo B) no Maranhão, não como um rompimento com o partido da família Sarney, mas como o estabelecimento de um equilíbrio na relação com os aliados? Além do favoritismo do comunista, o PT evitaria ficar refém daquela política que ignora projetos políticos e centra-se apenas no culto a certas personas. Isso diminuirá muito pouco o imenso poder exercido pelos sarneysmo na medida em que o candidato do PCdoB não é inimigo do PMDB, mas aliado no plano nacional.
Já é mais do que conhecida a divergência entre petistas e pemedebistas em diversos estados, como Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco e num futuro próximo o Rio de Janeiro, onde o PT abandonou o governo do pemedebista Sérgio Cabral e lançará candidatura própria à sucessão estadual. Nesse sentido, a engenharia que deve manter a chapa à sucessão presidencial precisa ser uma via de mão dupla, em que as especificidades regionais não descaracterizem a aliança presidencial, muito menos venha a colocar garrote no eleitorado em nome de projetos pessoais, muito deles à margem das tendências verificadas nesses colégios.
Aguardemos o desenrolar dos acontecimentos, principalmente a partir da próxima segunda-feira, quando recomeça o funcionamento do Poder Legislativo e os presidentes da Câmara Federal e do Senado terão a oportunidade de demonstra o que lhes move. Se o sectarismo que lhes faz lutar sem trégua pala manutenção da hegemonia regional, ou se terão sabedoria e serenidade pra perceber o que é prioritário nessa aliança. Aposta difícil!
Um comentário:
A aliança pelo menos deu certo durante muitos anos, mas agora acabou. Faz parte!
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