Independente de qualquer arapuca que grupos de extrema-direita eventualmente tentem armar pro deputado psolista Marcelo Freixo, fica claro que essa aproximação entre esses dois extremos, mais uma vez, traz consequências desastrosas para o país, principalmente após a tragédia da morte do cinegrafista da Band. Impossível não lembrar da conjuntura pré golpe de 64, quando o mesmo clima de entrosamento foi verificado a ponto de setores da esquerda manifestarem simpatia pela trama urdida nas casernas de afastamento de João Goulart, seguido da devolução do poder político aos civis. Deu no que deu.
Evidentemente que agora não estamos em clima político que permita vislumbrar-se ruptura institucional, porém, é evidente a pretensão de uso da Copa do Mundo como instrumento de atuação política à margem da lei e maquiados como protestos contra o custo Copa. Nesse sentido, não há outra alternativa a não ser tratar esses grupos da mesma forma como devem ser tratados aqueles que travestem-se de torcedores e promovem selvageria nos estádios. Black blocs, gaviões e assemelhados devem ter um destino só: prisão temporária enquanto representarem risco à população e ao evento que monopolizará a atenção dessa população.
Há muito que foi extrapolado qualquer resquício de tolerância com essa bandidagem que se esconde atrás de uma causa que definitivamente não defendem. Como pergunta o blogueiro Paulo Henrique Amorim, se o cinegrafista fosse da Globo será que setores da justiça e da oposição estariam nessa postura convenientemente omissa? Como o dever do estado envolve a garantia de segurança de todos, independente de seus vínculos ideológicos, empregatícios ou de amizade corte-se o mal pela raiz colocando fora de circulação essas gangues desvairadas.
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