Agora que a bancada governista na Alepa lançou seu candidato à vaga que cabe ao Poder Legislativo indicar pro Tribunal de Contas do Estado do Pará, será que a oposição silenciará e não apresentará uma alternativa que se contraponha à indicação tucana? Será que basta o jus sperneandi para mostrar descontentamento com o fato do indicado estar respondendo processo no STJ, podendo a qualquer momento ser condenado e a nossa Assembléia Legislativa ter que passar pelo vexame de outra escolha?
Essas são questões pertinentes, quanto mais em um regime democrático onde, em tese, prevalece a vontade da maioria, geralmente expressa através do voto. Mas, mesmo isso, não significa tratar-se do lançamento de anti-candidatos, mas da necessidade de fazer aflorar o debate que deve necessariamente permear esse tipo de evento, daí a urgência do surgimento do nome de alguém que tenha conduta ilibada e o conhecimento técnico que a função de conselheiro do TCE exige.
Com efeito, o silêncio, mais do que sufocar o debate necessário para esclarecimento da sociedade, deixa no ar um cheiro de conivência com a situação, além de dar margem à desconfiança que esse buchincho contra a indicação não passa de jogo pra arquibancada. Como já se sabe que o governador tem maioria pra sufragar o nome do seu indicado, então, marca-se posição, e só. Lá adiante, dar-se-á os conciliadores tapinhas nas costas do eleito e todos ficam felizes, inclusive aqueles que indiretamente contribuíram para a vitória do chef de la cousine de Simão. E, de concessão em concessão, vai-se consolidando um pacto de silêncio por dentro dessas instituições, sempre às escondidas da opinião pública, que sente os efeitos nefastos dessas 'transas', paga os convescotes e depois não sabe porque a impunidade tem tanto poder no serviço público. Com uma oposição tão boazinha assim, a situação nem tem com que se preocupar. Como diz o bordão, 'Tá tudo dominado!'

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