As leituras diversas

Segundo o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes(PISA), de 2003 a 2012, o Brasil conseguiu os maiores ganhos na performance em matemática, saindo dos 356 pontos naquele ano e chegando aos 391 pontos em 2012, segundo os dados divulgados. Ainda, segundo a mesma avaliação e abrangendo o mesmo período, o número de estudantes matriculados deu um salto de 65% dos jovens com 15 anos que frequentavam a escola, em 2003, para 78% dos adolescentes nessa faixa etária, em 2012.
No entanto, mesmo com todo esse avanço verificado desde o primeiro ano do governo Lula até o ano passado, o referido estudo revela que o Brasil ficou em 58º lugar, em um ranking que abrange 62 países, ficando atrás de nações como Albânia, Jordânia e Tunísia.
E é essa leitura que pode ser enfatizada pelo oportunismo de plantão, ao ressaltar a vergonha que significa estarmos entre os dez últimos colocados e atrás de nações cujo PIB é infinitamente menor que o nosso. Pior, alguns desses críticos, foram partícipes até de governos pretéritos que contribuíram em grande medida para essa vergonha, posto que são adeptos remanescentes da escola discriminatória aqui instalada a quando da vinda do fugitivo D. João VI, que perdurou hegemônica até o século passado, sendo ainda muito forte no início deste bastando ver, para constatar essa indecência, como se dão os benefícios fiscais ofertados pela legislação vigente à escola privada, invertendo a lógica que deve presidir o funcionamento de uma nação civilizada, ao colocar à educação em situação subalterna ao lucro de quem explora esse direito fundamental para fazer fortuna financeira..