Simão Lorota acredita que uma raposa pode cuidar bem de galinheiros

Muito oportuna reportagem publicada, hoje, no Diário do Pará, a respeito da criação de um malsinado Núcleo Executor do Programa Municípios Verdes, por sinal, aquinhoado com um orçamento de R$300 milhões, seis vezes maior do que o da Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Nunca é demais lembrar, que 1/3 dessa dinheirama do tal 'Núcleo' é oriundo de empréstimo contraído pelo governo do estado junto ao BNDES.
Mais grave, ainda, é que esse orgão não fará parte do organograma da SEMA, como ocorreria em qualquer estrutura administrativa séria, mas, de uma daquelas malafamadas super secretarias  que Simão Lorota presenteia seus asseclas. No caso, o beneficiário é Sidney Rosa, agora filiado ao PSB e candidato ao Senado Federal com o apoio do governador, que valeu-se dessa artimanha para livrar-se do fardo pesado que significa a recandidatura do assaltante Mário Couto.
Voltando ao arranjo eleitoreiro dos tucanos, não podia ser pior a avant-première do 'Núcleo'. Contribuiu de alguma forma para que o Pará voltasse ao topo do ranking do desmatamento na Amazônia, conforme declarações da ministra do Meio-Ambiente, Isabel Teixeira, identificando até a região onde é verificado esse desmatamento poligonal: próximo à reserva Baú e nas imediações da BR-163, não por coincidência, área de intensa atuação política de certos tucanos.
Além da injeção financeira à candidatura de Sidney, há em torno dele todo um marketing a respeito de sua gestão como prefeito de Paragominas, tido e havido como pioneiro de uma fictícia administração voltada para a recuperação da terra arrasada que se tornou Paragominas, com a proliferação de carvoarias. Evidentemente, a respeito do neo verde Sidney Rosa ser réu na , Justiça Federal, pela prática de trabalho escravo em suas fazendas, é convenientemente ignorado por Simão e devidamente ocultado, principalmente por aquele papelucho tucano e liberal.