
Segundo Jatene, a “nossa sociedade é muito complacente em determinadas circunstâncias, e em alguns casos extremamente exigente quando se trata de avaliar o policial e os trabalhadores da segurança pública". Jatene disse ainda que “vivemos numa sociedade fraturada e com medo, aflita diante da possibilidade cotidiana de ser vítima e refém do crime, da violência”.
Jatene negou ainda que o Pará esteja entre os mais violentos do país, apesar dos dados indicarem claramente o aumento da violência. O estudo mostra que o Pará registrou 39 mortes por 100 mil habitantes em 2012, contra 37,9 em 2011, uma das maiores taxas de homicídio doloso do país. O Pará aplica apenas R$ 181,41 em segurança por habitante ao ano, valor acima apenas dos estados do Amapá (R$ 55,32), Piauí (78,14), Maranhão (127,08) e Ceará (171,56).
O Pará detém ainda o dobro da média nacional de policiais cedidos a Órgãos Públicos e menos da metade do recomendado pela ONU de policiais por habitante, que é de um policial para cada 250 habitantes, enquanto que aqui a média é de apenas um policial para cada 600 habitantes.
Esses argumentos do governador mostram que não há na cúpula do estado o reconhecimento da gravidade da situação. Segundo ele, tudo não passa de uma "sensação de insegurança", expressa com outras palavras. Ainda de acordo com Jatene, aqueles que criticam o estado calamitoso da segurança pública são "oportunistas", que usam "o drama alheio com sensacionalismo".
Ao tentar criticar os opositores de seu DESGOVERNO, porém, num ato falho, Jatene pode ter feito umamea culpa. Ao dizer que “a violência é filha da desigualdade. E não dá para admitir que os mesmos que ajudaram a criar essa desigualdade queiram por puro interesse eleitoreiro usar este momento para tirar proveito e aterrorizar a população”, o governador esqueceu que foram nos anos do tucanato que a desigualdade mais cresceu, a proporção de policiais caiu e a violência recrudesceu.
(Blog da Ana Júlia)

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