As mortes na Santa Casa são de inteira responsabilidade do governador!

O governo do estado promete inaugurar a chamada nova Santa Casa no final deste ano. Alega, para tal, que foram necessários alguns ajustes no projeto original do governo Ana Júlia como justificativa do atraso. Os ajustes citados são referentes à ampliação das instalações elétricas, agora irão atender até o prédio antigo, ampliação de setenta leitos e a construção de uma galeria de águas pluviais.
Por mais verossímeis que sejam as alegações, não justificam um atraso de três anos consumidos em mudanças tão pontuais. Com efeito, um imóvel recebido praticamente concluido e com data de inauguração prevista para o primeiro semestre de 2011 não poderia gastar tanto tempo nessas mudanças. Parece mais má vontade com a instituição na medida em que o retorno para um investimento dessa natureza vem em forma da salvação de preciosas vidas, como aquelas mais de quarenta perdidas no mês passado, talvez por essa criminosa má vontade com aqueles que só tem aquele hospital como tábua de salvação.
Nas contas do governo anterior, constam gastos de mais de R$32 milhões na ampliação daquele hospital. Para colocá-lo em funcionamento seria necessário mais ou menos gastar quantia semelhante, ou seja, bem menos do que foi gasto na aquisição daquele hospital privado, que passou a chamar-se 'Jean Bittar', que tinha em seu patrimônio para avaliação até coador de café e tem parte de sua capacidade ociosa, agora que é hospital público. Portanto, claro está que essa lentidão na entrega da Santa Casa obedece a um princípio tão caro aos atuais governantes de plantão e tão perverso para o povão. Gasto social é tido como gastança. Lamentável!