Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Fica pra próxima

Sérgio Cabral(PMDB), governador do estado do Rio de Janeiro declarou publicamente que só apoia a reeleição de Dilma se o PT retirar a candidatura ao governo do estado de Lindbergh Farias e apoie seu indicado Luiz Fernando Pezão; o deputado Leonardo Quintão(PMDB/MG) apresentou requerimento com pedido de abertura de CPI que investigue a Petrobrás, depois da empresa ser alvo de uma série de críticas desferidas pelo tucano Aécio Neves; Geddel Vieira Lima, que é vice-presidente da CEF sinaliza escancaradamente que o PMDB na Bahia é oposição; no Rio Grande do Sul de Pedro Simon, os pemedebistas já são aliados antigos dos tucanos, tanto que nunca fizeram parte das pregações moralistas do senador qualquer denúncia contra a ex-governadora tucana Yeda Crusius, cujo comportamento delinquente à frente da coisa pública seria capaz de fazer corar de constrangimento até o voraz ladravaz D. Costa; de Pernambuco nem precisa falar nada, pois não há quem não conheça no mundo político o anti-petismo do senador Jarbas Vasconcelos; não sei como está atualmente a situação no Acre, onde até recentemente o mais ilustre quadro pemedebista era o ex-senador Geraldinho Mesquita, outro pote até aqui de mágoa com o Partido dos Trabalhadores.
Não por esquecimento, me eximo de citar o PMDB do Pará por considerá-lo o caso mais suis generis da política brasileira, em que a troupe barbálhica consegue fazer oposição e ser situação simultaneamente a PSDB e PT, bastando para isso ver as posturas de Helder, falando como candidato alternativo a Simão; e Jader, cujo exercício do mandato a distância, tudo indica, único na história do parlamento brasileiro, que vive de encenar cobranças de políticas públicas(a maioria já em andamento) do governo federal, dando o tom desse fantástico equilibrismo.
Voltando à conjuntura nacional, fica claro que o projeto de reeleição da presidenta comporta a digestão de quantos batráquios regionais forem necessários, desde que o PMDB de São Paulo mantenha a atual composição que preside o país, com extensão às eleições no estado de São Paulo aí com a realização de um velho sonho petista, destronar o PSDB de seu comando.
Resta saber se essas contas fecham e o PMDB governista agrega alguma coisa nacionalmente que compense as perdas estaduais, essas sentidas apenas no pós eleições quando os resultados apontam para a frustração do sonho de mudança, com a manutenção dos velhos atores de nossa cena política como protagonista desse "espetáculo" que parece interminável. Nesse sentido, é bem provável que o DEM entre em estado de putrefação política, sem que haja busca pelo cadáver em decomposição; que o PSDB seja o PFL de amanhã, de atuação restrita a alguns rincões longínquos; que a empreitada safada do aventureiro Roberto Freire dê com os burros nágua; que Marina e Eduardo Campos saiam das eleições tão insignificantes como entraram. Tudo isso é possibilidade concreta no horizonte do ano que vem muito, sempre é bom ressaltar, pela popularidade da dupla Dilma/Lula, não se sabe quanto pela aliança e estratégia política de 2010 e repetição em 2014.
Mas, a dura realidade é que permanecem empoderados Renan Calheiros, José Sarney, Edison Lobão, Newton Cardoso, Michel Temer, Valdir Raupp, entre outros, todos beneficiários da possível vitoriosa tática eleitoral; assim como é praticamente garantida a permanência no protagonismo de figuras como Aécio Neves, Geddel, Simon, Jarbas Vasconcelos, Sérgio Cabral, mais grave, todos posando como arautos da moralidade e desassombrados combatentes do fisiologismo, devidamente acobertados pelas gangues midiáticas suas comparsas. Enquanto isso, continuará engavetada a proposta de reforma política que propõe dar cabo à influência do poder econômico nas eleições brasileiras, talvez a mais relevante iniciativa legislativa feita no país, desde a Emenda Dante de Oliveira, semelhantes até na frustração causada pelos resultados que obtiveram. Fica pra próxima. Talvez.

Nenhum comentário: