O assunto do dia não podia ser outro, em Belém do Pará, que não a paralisação do campeonato local, paralisação, diga-se a bem da verdade, decorrente de uma série de manobras escusas orquestradas na FPF com o intuito acintoso de influir naquilo que deveria ser decidido dentro das quatro linhas. mesmo que haja o RexPa, é bom que se diga, pode nada valer, a não ser dar prejuízo a quem sem querer sustenta a farsa do nosso futebol, há muito não merecedor desse público fiel.
Depois de um primeiro turno emocionante, em termos futebolísticos, acharam os demiurgos do nosso futebol de temperar essa emoção adicionando aquele ingrediente maroto que rende um dinheirinho a mais aos cofres dos que se acham donos do pedaço e criam situações aterradoras como a atual, o de colocar um inquilino indesejável no campeonato.
Nesse sentido, aquilo que seria fundamental ao bom andamento da competição, no quesito organização, tais como laudos que atestam estarem os estádios aptos à competição, cumprimento do que está escrito no Estatuto do Torcedor, principalmente no tocante a prazos, além da punição a quem atente contra o bom andamento do campeonato, como ocorreu em Cuiarana em que o dublê de senador e jagunço proprietário da equipe local ameaçou o árbitro de um jogo daquela equipe e a FPF "esqueceu" de tomar as providências cabíveis no Estatuto.
Subitamente,com a porta da moralidade da competição arrombada, resolveram dar meia volta volver no "jeitinho" e aplicar de uma só vez tudo aquilo que tinham negligenciado ao longo da competição. Aí o excesso virou carência e quem devia dar o exemplo de zelo desvirtuou tudo na direção de um arranjo conveniente aos seus interesses pecuniários, ferindo de morte a legitimidade da competição.
Assim, com a proteção legal transformada em bagunça, concedeu-se a todos os atores dessa trama o inusitado papel de vilões e vítimas simultaneamente. O caso extrapolou nossas fronteiras, chegando ao STJD que, a distância, tende a analisar a questão pela sucessão de erros cometidos ao longo da competição. Resta, então, saber qual será a decisão definitiva a respeito desse imbroglio, não sendo estapafúrdio temer que tudo seja jogado a lata do lixo, dada a quantidade de erros cometidos na aplicação de regulamentos, estatutos e demais diplomas legais que tentam enquadrar a todos e não contemplam o privilégio, a não ser que o julgador seja omisso.
No frigir dos ovos, corre-se o risco de transformar um campeonato que se afigurava promissor, em termos de competitividade, em um não-campeonato por conta, mais uma vez, de seus "donos" acharem que o resultado das partidas podem ser resolvidos fora das quatro linhas e de acordo com as conveniências desses "donos". Uma pena!
Nenhum comentário:
Postar um comentário