Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A patética confissão de incompetência de um governo inoperante

Remo e Paissandu investiram na formação de bons times, tentam purgar erros do passado com ações inteligentes para tonificar suas combalidas finanças e fazem de tudo para resgatar a confiança do torcedor. No entanto, vem o governo do estado e faz um gol contra ao marcar para uma tarde de sábado o jogo entre os rivais, que seria no domingo(27), e sob a mais esfarrapada desculpa: não há policiamento suficiente para se fazer presente em número desejável no Mangueirão, assim como na folia na Estrada Nova, no Porradal do Portal, que é como deveria chamar-se aquilo que é patrocinado pela prefeitura de Belém.
É sabido por todo mundo que acompanha futebol em nosso estado que, aos sábados, nos arredores de Belém, pipocam centenas de peladas envolvendo milhares de candidatos a craques, bem como esses compõe uma parte significativa do público que frequenta nossos estádios. Além disso, shoppings, comércios grandes e pequenos, supermercados funcionam normalmente aos sábados, frequentados por gente que, no domingo, estaria em grande parte aproveitando a folga semanal para deleitar-se com esse clássico, cuja fama já atravessou nossas fronteiras e é reconhecido em todo o país como uma das maravilhas da cultura paraora, ressalte-se, tradicionalmente jogado aos domingos.
Aí, vem o governo do estado e desdiz toda aquela fantástica numerologia do engodo da queda dos índices de criminalidade, que o Secretário de Segurança costuma desfiar na mídia, e confessa publicamente, depois da realização de quase mil RexPas, em quase cem anos da existência do clássico, que não será mais possível realizá-lo aos domingos, pois a polícia não está disponível à segurança do público, omitindo a verdadeira razão para tal, embora se saiba que esta, a razão, é que o tal governo a disponibilizou para fazer às vezes de segurança privada para alguns amigos do "dono do poder", desviando de suas funções aqueles que são pagos com dinheiro público para garantir a segurança desse público, inclusive em eventos dessa magnitude.
Tomara que os clubes, as rádios, os jornais, as torcidas unam seus protestos em defesa da preservação do nosso maior clássico, obrigando o governo do estado voltar atrás e respeitar a vontade soberana da população paraense, particularmente do também reconhecido nacionalmente torcedor paraense, que transformou o RexPa em instituição nacional. É Pará isso?

Nenhum comentário: