O Ministério da Educação vai republicar um conjunto de obras de
grandes educadores e pensadores brasileiros, entre eles, Paulo Freire,
Cecília Meireles, Fernando Azevedo e Darcy Ribeiro. O anúncio foi feito terça-feira última, 4, pelo ministro Aloizio Mercadante, durante o evento
O Manifesto dos Pioneiros da Educação e sua Atualidade na Política
Educacional no Brasil, em comemoração ao 80º Aniversário do Manifesto
dos Pioneiros da Educação, no Palácio Tiradentes, Rio de Janeiro.
Organizado pelo Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio
de Janeiro e pela Associação Brasileira de Educação (ABE), com o apoio
do MEC, o objetivo do evento é revalidar, em uma carta-compromisso, os
princípios registrados no documento do manifesto, assinado em 1932, e
promover um novo acordo pela educação e pela inovação.
Em sua fala, Mercadante destacou a importância do cenário histórico
em que o Manifesto dos Pioneiros esteve inserido. “O Manifesto dos
Pioneiros nasceu em um momento histórico de grandes transformações no
Brasil. Nos anos 20, a cultura já antecipava as mudanças que viriam. A
Semana de Arte Moderna e o manifesto antropofágico colocavam na agenda
nacional uma identidade própria da nossa cultura. Era uma ruptura muito
importante”, relembrou o ministro.
Segundo ele, o projeto educacional proposto no documento da década de
30 está presente até hoje. Na época, 26 educadores, intelectuais e
líderes da sociedade civil redigiram e lançaram o Manifesto dos
Pioneiros da Educação Nova. Com diretrizes nítidas, o documento defendia
– entre outras coisas – a reconstrução da educação nacional, atribuindo
ao Estado papel central na condução das políticas públicas para o
setor, além de propor uma escola única, com educação em tempo integral
para todos e criação urgente de universidades gratuitas.
“Queremos buscar exatamente este espírito do manifesto, que é o
debate da educação, como debate essencial para o país. O que nós
queremos ser como sociedade? Como povo? Como nação? A educação tem papel
decisivo e continua sendo nosso maior desafio histórico: ter uma
educação universal, republicana, que dê oportunidades iguais para
todos”, salientou o ministro da Educação.
Avanços – Mercadante também pontuou algumas
atividades do MEC nos últimos anos, como avanços na educação infantil, a
aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o programa Ciência
Sem Fronteiras e a criação das cotas. Ele abordou também o aumento de
matrículas nas creches. Segundo ele, há 10 anos, somente 9% das crianças
brasileiras de 0 a 3 anos estavam matriculadas em creches. Hoje, já são
23%. A meta é chegar a 50%, conforme recomendado internacionalmente.
“O maior desafio das creches é colocar as crianças pobres,
especialmente aquelas abaixo da linha da pobreza. A criança que tem o
estímulo pedagógico em casa, com pais letrados, ou na creche, ela fala
em torno de 12 mil palavras. A criança que não tem fala 4 ou 5 mil
palavras quando inicia o processo de alfabetização. A educação infantil é
essencial para a alfabetização”, afirmou o ministro, que ainda reforçou
a necessidade de alfabetizar as crianças até oito anos, como determina o
recém-lançado Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.
(ASCOM/MEC)
Um comentário:
O mais interessante meu bom Jorge é que o Niemeyer inovou na arquitetura do século XX e por isso é considerado um notável nos quatro cantos do mundo. Aqui no Pará, temos coisa inusitada e folclórica na arquitetura: "Colocar borboletas em ar condicionado ".
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