119,6
milhões de pessoas, ou 24,2% da população dos 27 países da Europa
encontram-se no limiar da pobreza. Nos EUA, o programa de
vale-refeição garante comida a 46 milhões de pessoas -- um em cada oito
norte-americanos. As importações mundiais mantém-se estagnadas,
condição que se arrasta desde julho e um indicativo da paralisia
no comércio internacional. As encomendas industriais desabam na Europa,
o que pode ser visto como um termômetro de agravamento da recessão
neste final de ano e início do próximo. Nos EUA, a produção industrial
recuou 0,4% em outubro, em relação ao mês anterior; institutos previam
alta de 0,1%, depois que o indicador avançou apenas 0,2% em setembro.Na
Ásia, a China mostra recuperação, mas o Japão patina. Em toda a América
Latina a demanda emite sinais de enfraquecimento com a economia
desidratada pela contração global da procura por matérias-primas. No
Brasil o emprego e a renda continuam em expansão, mas o investimento
industrial completou o 5º trimestre negativo, com 2% de queda em
setembro, enquanto o PIB cresceu apenas 0,6% no período. Nesta 3ª
feira, o ministro Guido Mantega anunciou R$ 2,8 bi em desonerações à
construção civil, com corte de 20% para 2% na alíquota do INSS sobre a
folha.Desde o início do crise, o país já concedeu R$ 45 bi em
incentivos fiscais à retomada do crescimento. O valor equivale a quase
1ª do PIB, sendo criticado pelo jogral midiático que insiste na adoção
do tripé ortodoxo: redução do Estado, supressão de direitos trabalhistas
e choque de gestão --exatamente o que vem sendo feito na Europa. Com os
resultados sabidos.
(Carta Maior)
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