Mais atrapalha do que ajuda

Parte da torcida do Remo, incrustada na mídia barbálhica, presta um desserviço quando joga nas costas do novo treinador a responsabilidade de fazer papel de milagreiro.
Com efeito, a chegada de Flávio Aguiar trazendo na mala a obrigação imposta de ser campeão paraense e campeão da série D é desses desafios muito vistos em filmes de mocinhos que, na vida real, podem significar o aborto de um trabalho que talvez nunca tenha sua validade avaliada criteriosamente na medida em que pode ser interrompido pela volta à realidade de quem empreendeu viagens alucinantes e midiáticas. Espera-se que a direção azulina não se deixe contagiar por esse desvairio e entenda que o Remo vai para uma missão dificílima e iniciada na desvantagem em relação a vários dos seus concorrentes.