Foto: João Viana |
Marcelo Neri, Ipea, Moreira Franco, SAE, e Deborah Wetsel, Banco Mundial, na mesa de abertura do evento |
A América Latina e o Caribe registraram, na
última década, um salto de 50% no número de pessoas que integram a
classe média – de 103 milhões de pessoas em 2003 para 152 milhões em
2009. Os dados estão no relatório Mobilidade Econômica e a Ascensão da Classe Média Latino-Americana, do Banco Mundial, divulgado nesta terça-feira, 13, na sede do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Brasília.
O lançamento do relatório foi realizado simultaneamente em Brasília, Bogotá (Colômbia) e Washington (Estados Unidos). Em Brasília, a apresentação da pesquisa foi feita por Francisco Ferreira, economista-líder do Departamento de Pesquisas para o Desenvolvimento do Banco Mundial, e de Luis Felipe López-Calva, economista-líder do Departamento de Pesquisas sobre Pobreza, Gênero e Capital do Banco Mundial.
Durante décadas, a redução da pobreza e o crescimento da classe média na América Latina e no Caribe (ALC) avançaram em ritmo lento por causa do baixo crescimento econômico e da persistente desigualdade. Nos últimos dez anos, no entanto, a renda apresentou uma significativa melhora na região devido a mudanças nas políticas governamentais que enfatizaram a criação de programas sociais e a estabilidade econômica.
O lançamento do relatório foi realizado simultaneamente em Brasília, Bogotá (Colômbia) e Washington (Estados Unidos). Em Brasília, a apresentação da pesquisa foi feita por Francisco Ferreira, economista-líder do Departamento de Pesquisas para o Desenvolvimento do Banco Mundial, e de Luis Felipe López-Calva, economista-líder do Departamento de Pesquisas sobre Pobreza, Gênero e Capital do Banco Mundial.
Durante décadas, a redução da pobreza e o crescimento da classe média na América Latina e no Caribe (ALC) avançaram em ritmo lento por causa do baixo crescimento econômico e da persistente desigualdade. Nos últimos dez anos, no entanto, a renda apresentou uma significativa melhora na região devido a mudanças nas políticas governamentais que enfatizaram a criação de programas sociais e a estabilidade econômica.
Mobilidade ascendente
O resultado foi que a classe média tornou-se 30% por cento da população da região em 2009. Entre os países com melhor desempenho estão o Brasil, que compreendeu cerca de 40% do crescimento de classe média na América Latina; a Colômbia, onde 54% das pessoas melhoraram sua situação econômica no período de 1992 a 2008; e o México, que viu 17% da sua população ingressar na classe média entre 2000 e 2010. Hoje, a classe média e os pobres respondem por parcelas quase iguais da população da região, segundo o relatório.
O estudo apontou como fatores que favoreceram a mobilidade ascendente na América Latina os maiores níveis de escolaridade entre os trabalhadores, o aumento do emprego no setor formal, o maior número de pessoas vivendo em áreas urbanas, a elevação da presença feminina no mercado de trabalho e a diminuição no tamanho das famílias.
O relatório definiu a classe média em termos da renda como um segmento de indivíduos que ganham entre US$10 e US$50 por dia, critério adotado pela Banco Mundial. Esse nível de rendimento proporciona um aumento da capacidade de resistência a eventos inesperados e reflete uma menor probabilidade de retorno à pobreza.
(IPEA/com informações do Banco Mundial)
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