O Ministério Público e a Polícia Federal arquivaram investigações sobre
suspeitas de tráfico de influência nos negócios do filho mais velho do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fabio Luis, sete anos depois de
iniciadas.
Em 2005, a Gamecorp, uma pequena empresa criada um ano antes por
Lulinha, como é conhecido Fabio Luis, recebeu um aporte de capital de R$
5 milhões da antiga Telemar, a empresa de telefonia que depois se
fundiu com a Brasil Telecom para criar a Oi.
Após o aporte, o governo Lula alterou as regras do setor de
telecomunicações para viabilizar a fusão da Telemar com a Brasil
Telecom, com o argumento de que era necessário criar uma grande empresa
nacional no setor.
Como a empresa é concessionária pública e tem o BNDES como sócio, o
Ministério Público Federal abriu um inquérito para apurar suspeitas de
tráfico de influência e para averiguar se a transação deu prejuízo para
os sócios da operadora de telefonia.
Nenhum depoimento foi tomado. O Ministério Público apenas enviou pedidos
de informação à Gamecorp, à Telemar e ao BNDES, e perguntou à operadora
e ao banco se eles sabiam que o filho de Lula era dono da Gamecorp.
Após receber as respostas, o Ministério Público concluiu que não houve
nada irregular na transação. A investigação da Polícia Federal
limitou-se a reunir reportagens jornalísticas publicadas sobre o caso. A
decisão pelo arquivamento foi tomada pelo Ministério Público em agosto e
ainda não foi publicada.
(Folha.com)
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