Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Lula, Luiz Felipe de Alencastro e a soberania nacional sempre ameaçada pela pirataria


Metade de todo o tráfico negreiro foi feito no Brasil.

Do total de cerca de 11 milhões de africanos deportados e chegados vivos nas Américas, 44% (perto de 5 milhões) vieram para o território brasileiro num período de três séculos (1550-1856).

O outro grande país escravista do continente, os estados unidos, praticou o tráfico negreiro por pouco mais de um século (entre 1675 e 1808) e recebeu uma proporção muito menor – perto de 560 mil africanos – ou seja, 5,5% do total do tráfico transatlântico.

O rio foi o maior entreposto de escravos do do mundo: em 1850, o Rio de Janeiro contava 110 mil escravos entre seus 266 mil habitantes, reunindo a maior concentração urbana de escravos da época moderna.

O Brasil foi o ultimo país a abolir a escravidão, em 1888.

Nas forças armadas do Brasil não há negros.

Embora o Brasil seja negro e pardo.


Em volta do Brasil, ficam a América do sul, o sul do oceano atlântico e a áfrica ocidental, negra.

O Brasil precisa defender o pré-sal, que fica dentro das duzentas milhas marítimas. bem de frente à África.


Cento e cinquenta e dois países do mundo assinaram o acordo que reconhece o domínio brasileiro sobre as duzentas milhas marítimas.

Menos um.

Os Estados Unidos, por decisão de seu Senado.

Os Estados Unidos relançaram a quarta frota de sua marinha de guerra, para vigiar o atlântico sul. para ficar entre o Brasil e a África. o comandante da quarta frota americana é um negro, o contra-almirante Sinclair Harris.

A branquidade vai travar o papel das forças armadas brasileiras.

Quem disse isso foi o historiador e professor Luiz Felipe de Alencastro, num recente artigo na Folha de São Paulo, “as armas e as cotas”.

Alencastro é professor titular de história do Brasil da Universidade da Sorbone, na França. E professor convidado da escola de economia da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo. E autor de um clássico da historiografia brasileira, o livro “trato dos viventes e a formação do Brasil no atlântico”.

Alencastro afirma “a história de Angola explica a história do Brasil.”

Apesar de tudo, Alencastro está otimista, porque, por exemplo, em decisão inusitada, o Supremo Tribunal Federal considerou, por unanimidade, constitucional a política de criar cotas para negros nas universidades.

Ele contou que esteve com o ex-presidente Lula para falar sobre a África.

Segundo Lula, o Brasil tem um papel importante a desempenhar na África, porque a experiência do Brasil pode ajudar a superar um impasse que amarra a formulação de políticas sociais: o impasse entre os governos africanos e as ongs.

O Brasil de Lula mostrou que é possível construir um programa como o Bolsa Família, de forma consensual.

Em tempo: Alencastro ressalta que, no Governo Lula e sob a administração de Celso Amorim no Itamaraty (hoje, na Defesa), o Brasil abriu 40 novas embaixadas na Africa. E o Itamaraty criou um programa que concede a afro-descendentes bolsas de preparação ao concurso à carreira diplomática.
-Paulo Henrique Amorim

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