Com o cine Líbero Luxardo fora de combate, o teatro Margarida Schiwasappa fora de órbita e a biblioteca Arthur Vianna totalmente sucateada, a direção do Centro Cultural Tancredo Neves escolheu uma atividade nada convencional para não deixar aquele espaço totalmente ocioso. Vai realizar nas suas dependências uma Feira do Peixe Popular em Belém. Assim, por hora, em vez dos apreciadores de Cidadão Kane, Esperando Godot, Memórias Póstumas de Brás Cubas; aparecem os consumidores da boa sardinha, da dourada, do xaréu e até do camarão acéfalo, sem que isso signifique uma brecha a trocadilhos infames.
Também, não é certo que eventual publicidade governamental futura trará qualquer alusão a procedência do pescado ora ofertado nessa surreal pedra do mármore bretoniano. Até mesmo porque significaria promoção pessoal indevida, capaz de deslustrar tamanha bonomia de um governo inovador no quesito panis et circensis. Égua!!!
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