Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Alienação total

O jornalixo praticado no dia-a-dia por aqui, aliás, não muito diferente do que ocorre no restante do país, não permitiu que fizessem uma análise das propostas dos candidatos a prefeito de Belém, publicadas no domingo passado pelo Liberal.
Teriam prestado grande serviço ao eleitor/cidadão esclarecendo que um candidato faz falsa promessa quando anuncia que prolongará a Av. 1º de Dezembro, obra que é parte integrante do Ação Metrópole, sob responsabilidade do governo do estado, por sinal, já licitada; assim como poderia ressaltar que um outro candidato, adversário figadal do governo federal, jura que vai aumentar a participação de Belém no programa "Minha Casa, Minha Vida". Deveria, desde já, o referido candidato, sensibilizar o governo do estado, seu aliado, a fazer o mesmo a fim de demonstrar que tal promessa é sincera.
E, para um terceiro, pedir esclarecimentos a respeito da contradição incontornável contida na promessa de "um desenho urbano para construções sustentáveis", com a construção de uma ponte Outeiro-Mosqueiro para desafogar o trânsito na entrada da capital, mas que certamente dará o segundo passo para a devastação total de Caratateua, já que o primeiro está consumado pelo Condomínio Alphaville, cujos estragos já causados até aqui contam com a omissão total dos segmentos sociais, inclusive a totalidade dos candidatos a prefeito.
Finalmente, também poderia fazer a crítica do corporativismo recorrente, utilizado como estratégia de marketing eleitoral da óbvia necessidade de tratar com dignidade o funcionalismo público; ressaltando, ainda, que um candidato que foi ex-secretário de saúde do atual prefeito, recordista em processos por malversação do dinheiro desse setor, agora promete priorizar a atenção básica e a medicina preventiva, justamente onde o promesseiro mais malversou e por isso responde em juízo; que um outro candidato jura que fará tudo novamente como dantes, feito o japonês que ficou no abrigo antiaéreo uma década após o fim da guerra; e mais o outro que jura fazer do SAEEB um gigante capaz de cobrir 100% dos domicílios da cidade, algo de fazer corar de vergonha o filho de Gepetto.
Enfim, perdida em fofoquinhas, a indigência escrevinhadora acaba privando a população da repercussão necessária acerca do que pretendem os candidatos, bem como a separação daquilo que é exequível do que que é mirabolante, um serviço inestimável de utilidade pública que não foi prestado. Lamentável!

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