
Morreu no final da noite desta segunda-feira aos 91 anos o cardeal dom Eugenio de Araujo Sales, arcebispo emérito da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Segundo a arquidiocese, dom Eugênio morreu de infarto em sua residência no bairro do Sumaré, zona norte do Rio de Janeiro.
Durante o tempo em que foi arcebispo, foi um fiel aliado do todo poderoso global, Roberto Marinho, e de todos os ditadores daquele período, sendo um dos mais notórios apologistas da repressão e cúmplice da tortura ao condenar as próprias vítimas da selvageria a que eram submetidos. Certamente, é mais um patife que já está a caminho do ajuste de contas com o capeta.
4 comentários:
Gobery cervou Lula como o imposto sindical e perseguindo todos os sindicalistas que adoravam Lula para cumprir a promessa de que se derrubassem a ditadura iriam ter governo civil do mais corruptos da face da terra e você é amente de Lula.
Meu caro Senhor Na Ilharga. Com todo respeito, quero discordar de suas colocações á respeito de D. Eugênio. Eu fui um dos que foram salvos por ele. Estava fugindo da polícia da Ditadura e fui acolhido por D. Eugênio que me deu alimento, água, roupas limpas, uma cama e médico que retirou 02 balas. Eu e mais 18 pessoas, com sua ajuda, conseguimos sair do país. D. Eugênio era conservador? Claro que era, mas, acima de tudo era um Homem Justo, que não aceitava violência contra qualquer ser humano. D. Eugênio arriscou muitas vezes sua vida para salvar outras. Sua aproximação com os militares era natural, pois ele era um Bispo, respeitado e odiado ao mesmo tempo pelos militares. Portanto, somente quem sentiu na pele é que sabe dar valor para quem o salvou. Sei que o Senhor é muito estudioso,mas, o que sabe de D. Eugênio foi de ouvir falar. O Senhor não vivenciou atrocidades como eu. Portanto, por sua bondade e seu amor ao próximo, com certeza d. Eugênio está no Paraiso, rezando por todos nós. Até pelo Senhor. Certamente.
Um abraço
Meu caro comentarista das 12:47, com o respeito recíproco acolho seu testemunho que demonstra ter sido D. Eugênio, no limiar da ditadura, capaz de gestos humanitários como esse que talvez tenha salvo sua vida, no entanto, à medida que o regime avançava nos anos, D. Eugênio ia identificando-se com ele e não precisamos ficar aqui desfiando fatos que comprovem ser esse comportamento bem mais do que o de um pregador conservador. Era, na verdade, um aliado incondicional do regime, tendo virado as costas para Zu Zu Angel e ignorado a dor daquela mãe, que buscava desesperadamente o filho a nora que a ditadura dera sumiço.
Depois, quando a própria Zu Zu foi assassinada pelo regime, não houve qualquer palavra do arcebispo do Rio de Janeiro que consolasse a família. Pior, à medida que a tal "linha-dura" matava, torturava e dava sumiço nos dissidentes aumentava o fervor global de D. Eugênio a absolver aqueles magarefes fardados.
Quanto a mim, me é indiferente por quem ele reza ou deixa de rezar, até mesmo por quê assim não corro o risco de ser agraciado juntamente com o carrasco Brilhante Ulstra em eventual oração. Um abraço
Para comprovar a veracidade de que Dom Eugênio Sales realmente virou as costas para Zuzu Angel, que era uma mãe desesperada em achar o corpo do filho morto pela ditadura, estou postando aqui um artigo escrito por Hildegard Angel (jornalista)e filha de Zuzu Angel, sobre Dom Eugênio Sales:
http://tinyurl.com/74o6ca2
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