A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa deveria empreender uma investigação nas contas da SESPA a respeito da veracidade da denúncia, feita por integrantes da SESMA, de que o governo do estado só gasta 54% dos recursos que lhe são repassados pelo Ministério da Saúde; e, caso isto fique confirmado, ir a fundo para descobrir aonde vão parar os outros 46% não gastos no setor.
Se, com esses 54%, e em menos de dois anos, a SESPA já esteve envolta em inúmeros casos de superfaturamentos, licitações sob suspeita e negligência na prestação de serviços que deveriam ser melhor ofertados, logo, mau uso; que dirá aquilo que está oculto e que, repita-se, caso a denúncia proceda, tomou rumo ignorado.
A decifração desse mistério seria de grande valia à população, principalmente aquela que necessita de recorrer aos serviços públicos e que, frequentemente, é bombardeada pela lenga-lenga diversionista da ausência de recursos causadora do atendimento precário. Com efeito, antes de diagnosticar com segurança essa carência, é preciso primeiro identifiar a má aplicação daquilo que já está contabilizado, com punição exemplar aos delinquentes, afinal, conforme matéria publicada em um jornal da cidade, quase 70% dos prefeitos do nosso estado respondem processos por aplicação incorreta dos recursos sob sua responsabilidade. Mais deprimente, a avassaladora maioria da má aplicação ocorre com merenda escolar, educação de um modo geral e saúde. Justamente aquilo que o povo mais sente falta.
3 comentários:
Na Ilharga, precisamos saber quem são os Prefeitos que estão envolvidos nesta maracutaia. Será que podes nos fornecer os nomes destes safados?
A Futrica Barbálhica(Diário do Pará) de domingo forneceu alguns nomes. Segundo a matéria, são 89.
É caso para o MPF?
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