Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 14 de março de 2012

A dúvida hamletiana. Do PIG e dos capos pemedebistas

Por enquanto, ainda são discretas as manifestações de satisfação do PIG em relação a escalação do recém defenestrado da liderança do governo no Senado, Romero Jucá, como relator da LDO. Talvez, estejam aguardando uma pouco provável escaramuça pública entre PMDB e Dilma para explorá-la na perspectiva de causar desgaste ao governo, sem passar a ideia de que estão do lado daqueles coroneis de barranco, quase todos muito espinafrados em situações recentes, sempre vendo nisso a chance de atingir o governo.
De fato, seria muito desgastante o PIG colocar-se ao lado de Renan, Jucá, Sarney e outros menos votados, justamente no momento em que a presidenta Dilma enfrenta esses capos do fisiologismo brasileiro. Então, parece que, por enquanto, a tática é expor exaustivamente ao público essas figuras abrindo a oportunidade para que deem alguma declaração mais lapidar no sentido de provocar animosidades.
Claro que o desfecho disso é imprevisível na medida em que não se trata apenas de rodízio de líderes nas casas legislativas, mas a mudança de vários nomes em posições de comando na estrutura de inúmeras estatais, há décadas comandadas por indicados dessa trinca. O episódio do bloqueio das contas da embaixada brasileira na Itália, por conta de um calote da Valec em uma empresa de consultoria italiana altamente suspeita, é emblemático de que o governo deu mais um passo na busca por excelência na escolha de seus dirigentes, para isso estando disposto até a enfrentar os poderosos aliados.
Resta saber se esses aliados estão dispostos a mudar uma postura que os faz, durante todo esse tempo, os comandantes do maior partido existente no país, abrindo mão dos ganhos eleitorais e políticos que vêm obtendo até então, para privilegiar as escolhas baseadas na meritocracia com evidentes prejuízos na política, repita-se. A conferir.

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