Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Simão Lorota, um impostor

Entrando em seu segundo ano de mandato, o alquimista administrativo Simão continua sob o signo da contradição entre suas recorrentes(más) intenções e gestos nebulosos no trato da coisa pública, conforme vem demonstrando com incrível frequência o blog da admirável jornalista Ana Célia Pinheiro, A Perereca da Vizinha. No entanto, espanta que ele continue batendo na tecla da volta da austeridade, com a volta dele ao governo, se já nos primeiros meses seu governo concedeu mais de 60% de reajuste para os salários do governador, vice, secretários, deputados, criou cinco super secretarias e uma inútil Secretaria de Turismo, pois a Paratur não foi extinta, o cargo de Assessor Especial III e outros mimos às custas do dinheiro público para o seu imenso séquito de áulicos.
Agora vem falar de "resultado primário negativo de R$433 milhões, em 2010, oriundo de compromissos assumidos e não honrados com o Tesouro Nacional, servidores e fornecedores", atribuidos ao governo passado.
Obviamente, esse resultado, por ser primário, engloba aquilo que ficou pendente de ser desembolsado pelo Tesouro Nacional para bancar obras que estavam em andamento, principalmente o Ação Metrópole, que Lorota mandou parar as etapas restantes e agora encontra-se em polvorosa porque D. Costa, aproveitabdo-se da inoperância do governador, está mandando executar um projeto municipal que sombreia o que Lorota interrompeu.
Compromissos pendentes com os servidores, a maioria que não tem apartamento no Wing ou quejandos, ele não diz mas deve ser a sanção da Lei Nº7.442/2010-Plano de Cargos, Carreira e Remuneração para Educação(PCCR) que até hoje, ao arrepio de decisão do Supremo Tribunal Federal, ele descumpre e posta-se fora-da-lei. Deve ser, também, a extensão do direito a vale alimentação a todo o conjunto dos servidores estaduais, pois o mesmo era restrito apenas a uns poucos privilegiados.
Como cara de pau não têm limites, Simão expõe sua operosidade portorriquenha assumindo o compromisso de concluir obras que mandou interromper, conforme constata-se na Mensagem enviada à Assembleia Legislativa, que o deputado Edmilson classificou de "fábula", embora esteja mais pra farsa, como conclusão da PA-150 até Marabá, a conclusão da pavimentação da rodovia que liga o Acará a Alça Viária, a construção de escolas técnicas(iniciativa do MEC, através do Pronatec, mas ele vai querer apropriar-se), expansão da UEPA, que só foi possível porque Ana Júlia mais que duplicou o orçamento daquela instituição(era de R$65 milhões, em 2007, e passou para R$154 milhões, em 2010) e enxotou uma malta de celerados, lá postos pelo tucanato, que surrupiava grande parte daquele orçamento impunemente.
Até se entende o que quis dizer Edmilson, ao usar o termo "fábula". Talvez tenha associado a peça que, deveria ter um caráter factual, de mera retórica restrita ao âmbito da fantasia. No entanto, ao nos depararmos com os números nela contida, mais de R$500 milhões acima da previsão inscrita no orçamento aprovado em dezembro do ano passado, percebemos que dela pode-se dizer tudo que a caracterize como fora da realidade. Menos que tem a inocência e as boas intenções daquele gênero literário que encanta as crianças. Ao contrário, o estilo labirintico da peça governamental está mais Raymond Chandler, Conan Doyle, Maurice LeBlanc, entre outros. Impressionante!

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