"Julinho da Adelaide" era o pseudônimo de Chico Buarque de Holanda para burlar os esbirros do golpe de 64, que queriam enjaulá-lo, e continuar livre, leve e solto mostrando sua arte tão ao gosto do povo brasileiro.
Pois foi com esse pseudônimo que Chico fez um dos mais sarcásticos sambas de toda sua carreira. Aquele em que o morador do morro, pressentindo a aproximação da polícia da época, marcada pela truculência e desrespeito a qualquer tipo de lei, resolve clamar pela presença do ladrão como última tábua de salvação para escapar da presença da "justa".
Não há como não lembrar desse fato ao ler o que postou A Perereca da Vizinha, relatando a nomeação de um delegado, para ocupar uma das funções de confiança do secretário de Segurança, que responde a processo por tortura e roubo. Com efeito, quando os agentes da lei recorrem a alguém com esse "currículo" para zelar por nossa segurança, só nos resta perguntar como faz frequentemente um longevo colunista, "Valha-nos quem?" Égua!
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