Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Recado pro Vicente

Resolvi escrever este post após ler uma pungente lamentação do meu amigo Vicente Cidade, em seu blog, preocupado com a situação do nosso Mengão sob o comando de Patrícia Amorim.
De fato, quem assistiu ontem a pífia exibição rubro-negra contra o "temidíssimo" Madureira, vitória de 1x0 com um gol contra, não tem o direito de sonhar com dias melhores. Saiu Vanderlei Luxemburgo, entrou Joel Santana e tudo continuou como dantes na casa da mãe joana em que se transformou o time do Fla. Não que Joel tivesse tempo para modificar radicalmente a forma de jogar da equipe, mas que ao menos tivesse a ousadia da compostura.
Não é possível que o torcedor seja desrespeitado acintosamente em sua manifestação de descontentamento porque o clube tornou-se refém de alguma estratégia mercadológica. Então, um jogador fica em campo confundindo-se com as placas de publicidade, dada sua inoperância, enquanto os dez restantes têm que enfrentar equipes completas.
Já havia sido assim contra o fraquíssimo Real Potosí da Bolívia e repetiu-se contra o Madureira. O time vai mal? Tira o Botinelli, ainda que esse jogador seja o mais lúcido do time. A saida de Botinelli não resolve? Tira outro até que se esgote o número de substituições. Aí, a torcida desolada, constata que o Flamengo resume-se a Ronaldinho Gaúcho e mais dez, independente do infame futebol que pratica e do comportamento farrista extra-campo, que seria apenas problema dele se não causasse o desconforto da maior torcida do país.
Como nada é tão ruim que não possa piorar, já existem pascácios criando uma página na internet clamando pela volta do anti-jogador Adriano, envolvido em toda sorte de acontecimentos desagradáveis, para dizer o mínimo. E assim caminha o time do Flamengo, que vai saindo das páginas dos cadernos esportivos nos rumos das colunas de fofocas e policiais, pior, contando com a cumplicidade criminosa da diretoria do clube, que não toma nenhuma providência contra o comportamento irresponsável de seus atletas.
Certamente, o saudoso rubro-negro Mário Filho, autor do clássico "Histórias do Flamengo", deve estar revirando-se no túmulo comparando as peripécias dos atletas amadores flamenguistas daquela época, relatadas em seu livro, com a vida marcada por orgias, levada hoje por grande parte dos milionários jogadores rubro-negros. E deve concluir: será que esses bandalhos são regiamente remunerados para acabar com o bem mais elevado que os atletas do passado legaram à nação flamenguista, qual seja, a tão decantada raça rubro-negra que encantou e arregimentou milhões de aficcionados em todos os cantos do país? Acabemos com eles, antes que eles acabem com a nossa a nossa história.
Daqui da Região Norte, meu caro Vicente, usemos esses nossos modestos espaços somando-os as ainda tímidas manifestações de desagrado contra aquele que simboliza o "novo" e indesejável Flamengo, lembrando os exemplos de dignidade de Zico e companhia, Almir Pernambuquinho, Silva, Renato Gaúcho e tantos outros que honraram o manto rubro-negro.

11 comentários:

Anônimo disse...

Caríssimos Vicente e Jorge,

Conheço um pouco da realidade do Flamengo e muitas iniciativas empreendoras, infelizmente como todo gestor ao se defrontar com a força da mídia e do dinheiro vê-se acuado em não contrariar tais interesses e imbelido a tomar decisões populares.
Cabe à nós apoiar ou não alimentar tal irculo vicioso. Estamos as vésperas de uma olímpiadas que tal falarmos de outras modalidades esportivas. E como bom oportunista que já deixar uma dica:
http://www.sema.pa.gov.br/interna.php?idconteudocoluna=6414&idcoluna=1&titulo_conteudocoluna=Filha

E viva a torcida do Flamengo, que não é só futebol

João Guilherme

Na Ilharga disse...

Mas é onde o povão mais concentra sua paixão, por isso, quando vemos matérias mostrando as condições precárias de treinamento da equipe de ginástica, não notamos tanta repercussão negativa entre os torcedores, assim como causa muito menos estremecimento perdas na natação, basquete e tudo mais.
Me tornei torcedor rubro-negro através de narrações épicas a respeito do deca campeonato carioca de basquete, das memoráveis vitórias nas regatas, dos mais de 160 mil torcedores no título de 1963, glória demais para quem experimenta tantos vexames hoje, provocados por uma malta de irresponsáveis.
Viva o Flamengo!

Anônimo disse...

Sempre percebi sua instigação por mudanças, meus questionamentos e posições não são só apaixonados, queria reproduzir também mudanças no esporte.
Como vc mesmo diz existi história do esporte amador, mais a mídia por influência do capital escolheu o futebol, fruto de uma necessidade de concentrar poder e controle sobre contatos e recursos. Nosso esporte amador está uma decadência, justamente por pulverizar esta estratégia.Penso que vc não saiba, mas o ginásio da UEPA está interditado, passe por lá e verifique uma faixa no portão do estacionamento.Aí, por tudo isso, um Ronaldinho da vida vale até mais que a paixão pelo futebol? Pois para mim a paixão não é pelo futebol, mas pela fama e dinheiro do fantoche que expressa algum talento.
João Guilherme

Na Ilharga disse...

Hoje já não tão amador. Veja a história vitoriosa do Volei. Não há nenhuma equipe de massa disputando as competições, o que mantém o sucesso é a seleção brasileira e os ídolos que projeta. Será que a essa altura de nossa história seria possível o futebol sem Flamengo, Corinthians, Vasco? claro que não. Então é preciso conciliar a força do clube com a força do esporte e claro que isso não envolve exemplos como o do jogador citado. Pelo menos no estágio em que se encontra.

Matos disse...

O foco é a patricinha...
Como confiar em alguém com 3 (ou mais,não sei ao certo) mandatos de vereadora tucana ?
O que tem dado certo é o que sempre deu: o ninho do urubu revelando gente... e isso independe da patricinha.
Precisamos de uma Campanha tipo "a volta do filho pródigo" pra colocar no comando alguém sem nenhum outro interesse além do mengão.

Fátima Duarte Gonçalves disse...

Realmente, lembro da minha adolescência e da paixão avassaladora pelo Flamengo de Zico. Ando sem tesão para ver este Flamengo jogar.

Vicente Cidade disse...

Caro Jorge,

Obrigado pela citação e pela força.

Quanto ao debate travado, vale dizer o seguinte:

Quem torce, vibra, chora, briga com a mulher, entre coisas do gênero, por cousa do Pinheiros, Brasília ou Rio de Janeiro?

Não estamos a tratar da razão, mas de paixão.

Ademais, se toda grana das loterias federais vão parar somente no COB e nas federações e porque a própria estrutura esportiva do país não reconhece os clubes de futebol nesse ramo.

A verdade é que o Fla está na contra mão da história e certamente aquela tucana maldita é a maior responsável.

Na Ilharga disse...

Realmente, cara Fátima, não dá vontade de ver aquele amontoado desanimado em campo, principalmente quando se vê suas fotos nos jornais com um semblante totalmente diferente irradiando felicidade e bem dispostos... ao que parece, de tomar "todas". lamentável!

Na Ilharga disse...

Meus caros Vicente e comandante Matos, a insossa "patricinha" saiu do PSDB e foi atrás do Eduardo Paes,, que fez o mesmo trajeto só que antes da legislação vigente. Por isso, ela está em apuros com os tucanos cariocas querem o mandato dela de volta. Bem que ela podia licenciar-se da presidência do Mengão.

Cássio disse...

O Júnior já disse publicamente que evita torcer pelo Flamengo nessa atua gestão.

Anônimo disse...

Olá Cidade,

Seria possível falar de paixão racionalmente? Pelo que vejo nossas paixões acabam dando espaço e oportunidades para alguns inescrupulosos da vida. Experiência própria.
Guilherme