Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Além de cretino, gagá.

Ao comentar o passamento da antiga dona da mega butique de luxo Daslu, Eliana Tranchesi, na madrugada da sexta-feira, dia 24, o apresentador do Jornal da Noite (TV Bandeirantes), Boris Casoy, lançou uma teoria no mínimo inédita: ela teria falecido por culpa do governo Lula, que, em 2005, teria engendrado a Operação Narciso, da Polícia Federal, apenas para desviar o foco do escândalo do mensalão.

Agentes da Polícia Federal (PF), do Ministério Público Federal e da Receita Federal fizeram uma busca na sede da Daslu, naquele ano, para coleta de provas de que a empresa estava envolvida em crimes de sonegação fiscal e contrabando, os quais acabaram sendo comprovados, gerando a Tranchesi pena de prisão de 94 anos, pena que ela jamais sequer começou a cumprir devido à Justiça ter ficado tocada pelo seu estado de saúde.

A tese de Casoy é bastante curiosa. Apesar de a Operação Narciso ter sido levada a cabo, simultaneamente, em São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo, de a Justiça ter autorizado a operação, de o Ministério Público ter descoberto o esquema e de a Polícia Federal ter feito mais de mil operações durante o governo Lula, a pobre Tranchesi, que após seu falecimento vem sendo tratada pela mídia como uma espécie de Che Guevara capitalista, teria falecido por uma ação policial que ocorreu há sete anos.

A menos, é claro, que Casoy considere que ela faleceu pelo processo criminal todo que enfrentou e não apenas pela operação de 17 de julho de 2005, e que não deveria nem ter sido processada criminalmente pelos crimes que cometeu…

O âncora do telejornal da TV Bandeirantes, assim como quase todos os outros colunistas, articulistas e editorialistas da grande imprensa, sempre disseram “exagerada” a operação que envolveu 250 policiais federais, apesar de a sede da Daslu, então, ser um prédio de quatro andares e 17 mil metros quadrados, que, pelo tamanho, permitiria que provas fossem tiradas de lá se não tivesse sido cercado e ocupado de surpresa.

Aliás, vale um registro: o uso de 250 policiais na Operação Narciso e a prisão, por alguns dias, da dona da mega butique de luxo foram considerados “truculência” pelos mesmos colunistas, articulistas e editorialistas – entre os quais o próprio Casoy – que consideraram absolutamente normal o uso de 2 mil policiais militares para desocupar o bairro do Pinheirinho, em São José dos Campos, e que, ali, não enxergaram truculência.

Eliana Tranchesi, Geraldo Alckmin e a esposa na inauguração da Daslu.
A Operação Narciso, naquele 2005, gerou indignação na imprensa e não foi devido à fartura de provas que condenou Eliana Tranchesi a quase 100 anos de prisão, com localização de notas de entrada de mercadorias importadas nas quais vestidos de R$10 mil haviam sido registrados pelo valor singelo de R$100,00.

A explicação para a indignação midiática, pois, reside no fato de que a filha do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin – que, à época, também era governador –, trabalhava na Daslu quando suas operações criminosas foram descobertas. Ela iniciara no trabalho havia pouco tempo como uma das vendedoras da empresa que ficaram conhecidas como “dasluzetes” e pouco depois foi promovida a “diretora de novos negócios”.

Estranhamente, a Secretaria da Fazenda de São Paulo não notou nada de estranho nas operações da Daslu, apesar de que suas operações eram tão escandalosas, com suas notas de entrada com preços populares, que a Polícia Federal chegara à empresa, em 2005, sabendo exatamente o que procurar, o que a obrigou a montar uma operação ampla para evitar que sumissem com as provas.

Segundo o âncora da Band, “Eliana Tranchesi foi exposta à execração pública e humilhada”. Veja só, leitor, que esse sujeito parece entender que tudo aconteceu só por ela ter sonegado algumas centenas de milhões de reais em um esquema que o Ministério Público chamou de “organização criminosa” e que gerou multa de R$1 bilhão, além da ação penal. Chega a parecer que, pelos crimes cometidos, deveriam ter feito uma estátua para Tranchesi.

O comentário de Casoy não contém indignação com a ilegalidade, à diferença da indignação contra as famílias do Pinheirinho. No caso da ricaça, o jornalista mostrou compaixão e indignação por ela ter falecido por desgostos que a descoberta de suas operações ilegais lhe causou, o que, no limite, talvez possa ser verdade, mas não muda o fato de que a culpa foi de quem montou o esquema criminoso, e de mais ninguém.
(Blog Limpinho e Cheiroso)

5 comentários:

Anônimo disse...

Seu Na Ilharga,

É uma vergonha a teoria da madame Casoy. Caso a mulher tiesse morrido de ataque cardiaco ou coisa que o valha, dar-se-ia até um poucco de crédito ao caducco âncora da TV. Mas ela morreu de câncer.Não há notícias de que alguém caçado pela Polícia, por ser criminoso ou contraventor, como o Mário Couto, o nosso intrépido senador,possa contrair câncer.

É impressionane como esses paladinos damoral e dos bons ccostumes gostam de passar a mão na cabeça dos ricaços, ainda que a riqueza tenha sido construídaà base desonegação de impostos etc. Depois, as mesmas vestais vão cobrar obras do governo nas áreas essenciais. Como, se quem pode pagar mais imposto sonega? Boris Casoy é uma vvergonha!

Fátima Gonçalves disse...

O Boris está cada vez mais reacionário. E ninguém pode ser absolvida de seus crimes só porque morreu. Paz a sua alma, mas a operação tinha que ocorrer e nada tem a ver com a morte dela, que já lutava contra um câncer. O chilique do Boris é típico de pessoas que passaram a vida assistindo apenas o pobre ser preso.

Guilherme Marssena disse...

Já pensastes squem foi pego tero mesmo destino da Sonegadora da DASLU.Os dois senadores do Pará mais a turma da Operação Faroeste,estariam em maus lençóis.Já vou começar á guardar Lágrimas.

Mestre Chico Barão disse...

171 VESTE DASLU

Porra

Da para ficar puto com uma “istoria” dessa!

Essa nem ela que tinha o troco as custas de falcatruas deveria engolir , afinal não era essa exposição que ela almejava apesar de externar sinais de riquezas

Tanta piranha miúda e tanta moréia grande , presa e processada que morreram e agora essa das Lu fazer vingança de seção espirita através de Seu Bor is caso oi!

Quem se “alembra” da marchinha “ O velho Gagá já deu o que tinha que dá”eu não recordo uma jornal apresentado pelo “lembra deu” com essa mensagem “Boris veste Daslu” se veste ou vestiu foi em outras ocasiões!

Agora qual seria o motivo de um ancora levantar tal tese, talvez uma das propagandas usadas por Mãe Mandinga, em uma de suas muitas ela fala que: “Lembra do seu passado, sabe do seu presente e imagina seu futuro”!

Quem não faz política com classe demonstra incapacidade de argumento ou que vomita ódio, uma condicionante no que ele expôs talvez gerasse presunção de verdade inocente, não uma falcatrua política disfarçada que tem origem em um inveterado rancor por sentir na pele que cultura abrangente não forma liderança e que falar errado não transforma verdade em mentira, compreensão materializada na mosca eterna de seu único alvo!

Hoje da para entender o porquê do “Isso é uma vergonha” antigamente eu pensava que era um bordão hoje vejo que não passa de uma xavecada!

MCB

Anônimo disse...

O engraçado foi que durante aquela operação os moradores da favela que fica próximo ao prédio ficaram desesperados pensando que era batida na favela e não na loja dos bacanas. Talvez por isso o cretino tenha ficado indignado em a PF ter entrado na "porta errada".