Segundo dados divulgados pelo Centro Internacional de Negócios, vinculado à FIEPA-Federação das Indústrias do Estado do Pará, dos mais de US$18 bilhões que o Pará exportou para o exterior, durante o ano passado, 90,02% foram feitos pelo setor mineral; enquanto a madeira, que já teve seus dias de "borracha" na década de 90, do século passado, contribuiu com US$400 milhões, percentualmente, apenas míseros 2,17% do volume das exportações paraenses.
Considerando esses números espetaculares, a Futrica Eletrônica(Diário on line) não se conteve e disparou, "Pairando acima da crise que mantém cambaleantes algumas das principais regiões do planeta, o Estado do Pará( não seria mais adequado ao tom ufanista e independente chamar "província do Pará?) empreendeu um ritmo forte da atividade em 2011..."
Como a euforia tomou o lugar da análise, deixa-se de fazer uma reflexão a respeito das consequências disso para a economia paraense, principalmente no tocante à geração de empregos. Ou seja, como exportamos matéria-prima e esta agrega valor lá fora, então, os empregos que deveriam ser gerados aqui são gerados lá, principalmente na China, compradora de mais de 70% de tudo que foi exportado. Conclusão: continuamos gerando menos empregos do que necessitamos e podemos gerar, ressaltando que, em 2010, foram gerados mais postos de trabalho do que no ano passado.
Conclusão II: a finalização das obras da ALPA deveriam ser prioridade zero do governo do estado. Se não foram em 2011, que seja em 2012, pois, se esta obra ficar sujeita aos humores da Vale nem em 2014 nos tirará dessa situação colonial.
Além dessa, uma outra pressão deveria ser no sentido de fazer com que a Vale colabore com o governo federal para a conclusão das obras que proporcionarão a navegabilidade do rio Tocantins o ano todo, já que é a maior beneficiária da mesma ao ter ao seu dispor um transporte mais barato no escoamento de sua produção.
Sem esses dois passos iniciais, corremos um risco maior a médio prazo, não de ter que ir novamente a plebiscito votar no esquartejamento do Pará em três partes. mas, para votar a mudança do nome de 'Pará' para 'Vale'. Toc toc madeira(extraída legalmente).
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