Sob as loas da mídia barbálhica, que não poupou encomios à sua gestão no Paissandu, obviamente omitindo a parte negativa, Arthur Tourinho imiscui-se na direção da Tuna, mas de olho numa possível volta ao comando bicolor. A tática é acintosa e consiste em tirar o bode da sala cruzmaltina, um tormento que já dura décadas, ao receber o bônus por uma provável e futura disputa do título de um turno aqui, a vaga na série D acolá, enfim, algo que permita a criadagem midiática do dono do PMDB paraense incensá-lo como "salvação da lavoura" mais adiante, precisamente na mesma avenida, mas entre as travessas do Chaco e Curuzu, recorde-se, de onde saiu enxotado pela massa de torcedores pelos muitos vexames que a fez passar.
É forçoso reconhecer que foi sob o comando de Tourinho que o Paissandu teve os seus mais gloriosos momentos, no entanto, não se pode olvidar igualmente ter sido a tentativa de transformar a admiração de uma enorme massa de torcedores em curral eleitoral a causa de desdita inversamente proporcional à glória. Deu no que deu: o clube desceu ladeira abaixo até chegar onde está, atolado em dívidas, deixadas pelo presidente que mais recebeu recursos na história do clube e malversou-os escandalosamente.
Comprou a sede do extinto Teleclube com um cheque sem fundos. Posteriormente a transação foi desfeita, é claro, mas, serviu como álibi para que ele desse uma satisfação ao torcedor do destino dado à bolada que recebeu pela participação do Papão na Libertadores, dinheiro esse que verdadeiramente volatilizou-se nas mãos de Tourinho; abriu, no nome da esposa, uma factoring na sede do Paissandu no sentido de aproveitar a marca durante o bom momento vivido pelo clube. O resultado foi uma dívida de R$500 mil do clube com a tal faactoring, dívida reconhecida ante a justiça por ele, enquanto presidente, e paga pela atual administração para evitar que a sede social fosse à penhora.
Desconfio que seu(improvável) retorno ao comando bicolor não garanta ao Paissandu a repetição do brilho de um passado recente. Todavia, como a mídia do coronel Barbalho julga que faz até o povo acreditar ser Helder Barbalho um administrador eficiente, é bem provável a invenção de falácias que comprovem ter sido Tourinho aquele que salvou o papão do fechamento de suas portas. Todo cuidado é pouco!
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