Pois é, Ananindeua, o segundo mais populoso município do Pará, chega ao sexagésimo oitavo aniversário com 61,2% de sua população morando em favelas, fruto da ocupação desordenada de Belém que, à medida que via suas áreas periféricas valorizarem, expulsava para mais distante seus antigos moradores.
Mas é fruto, também, da inoperância de sucesssivos prefeitos que nunca priorizaram esse direito fundamental da cidadania e acharam que já estava bom demais o que o extinto Banco Nacional da habitação(BNH) dos milicos fez, não sendo necessário acrescentar mais nada.
Está aí o atual alcaide para comprovar isso. Quando a governadora Ana Júlia Carepa resolveu acabar com aquele "elefante branco" denominado Granja do Icuí, propôs que a área fosse destinada ao Programa "Minha Casa, Minha Vida" a fim de minimamente diminuir esse monumental déficit habitacional que assola a população ananin. Nada feito. Para valorizar um empreendimento de classe média que há às proximidades da granja, o filho do coronel bateu o pé e disse que queria que ali fosse construído um campus universitário, vontade satisfeita com a vitória de Simão Lorota, bem como viabilizada a partir de articulações políticas com o malafamado diretor do IFET.
Hoje à noite, no entanto, tem show do pagodeiro Alexandre Pires, certamente permeado pela retórica demagógica e populista do alcaide, de resto, um arremedo de "pai dos pobres". Depois, as pessoas voltam à dura realidade das favelas que lhe restam, enquanto o farsante vai dormir convicto de que tanto faz pela população. Lamentável!
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