Faça como Julinho da Adelaide

"É incrível, mas verdadeiro: o Governo do Estado já gastou neste ano quase R$ 1,2 bilhão sem licitação." É o que diz Ana Célia Pinheiro em seu blog a respeito das modalidades de gastos feitos até aqui por Simão Lorota. Isto, evidentemente, não merecerá uma linha dos nossos jornais, convencidos a priori da seriedade desse governo, pelos milhões de motivos já ofertados. Mas será do conhecimento de uma parcela considerável de nossa população, aqueles que não trocam um acesso a Perereca por horas de leitura de papeluchos que não gozam da mínima credibilidade.
Voltando às artimanhas loróticas, deve-se ressaltar que essa tática não é nova. Aliás, se Chacrinha tinha razão quando dizia que na televisão brasileira nada se cria tudo se copia; o mesmo vale para esse tipo de governante, que não inventa. Mas aumenta... e como!
No início dos anos 90, do século passado, o prefeito recém eleito nomeou um secretário de saúde, que fez uma encenação mexicana diante do que alegava ter visto no Pronto Socorro Municipal(naquela época só havia o da 14 de Março). De pronto, diante do caos encontrado, mesmo iniciando sua gestão, o maroto secretário nomeou um interventor, em vez de um diretor que auditasse as roubalheiras alegadas.
O resultado foi que, tudo que podia ter sido feito ao arrepio da lei anteriormente, era obra de Tereza de Calcutá, perto do festival de gastos sem licitação promovidos sob intervenção, por sinal, orquestrada por alguém já conhecido como farsante, pois tinha sido eleito vereador com um slogan que era o fino do moralismo("Basta. Sou brasileiro e exijo respeito!"). Depois descobriu-se as reais intenções do "exigente".
O festival lorótico, como se sabe, é filho do célebre decreto moralizador de janeiro, baixado em caráter(?)emergencial a fim de disciplinar os gastos governamentais. Deu nisso: o dinheiro público bateu suas wings rumo ao desconhecido dos orgãos de controle, sem que se tenha a perspectiva de redescobrir seu paradeiro. Égua!