Ritmo barbálhico

Da reportagem de ontem da Fo(a)lha de São Paulo, a respeito de grandes escândalos que sangraram os cofres públicos, chama atenção o rumo que muitos desses processos tomaram. Enquanto Collor foi inocentado por falta de provas e os juizes Rocha Matos e Lalau foram parar na cadeia, há outros que ainda estão em fase de conclusão da denúncia.

Desses, chama a atenção o dos anões do orçamento, também do início dos anos 90, que nem a reportagem explica direito como se encontra. Também, o que envolve Jader Barbalho e o surrupiamento de recursos da Sudam, responsável pela renúncia ao mandato de presidente e do próprio Senado Federal por Jader, anda tão lentamente e envolve tanta gente que corre o risco de Barbalho chegar à idade atual de Maluf e o processo ainda estar em curso.

Nesse ritmo caminha, também, o chamado "Mensalão do DEM", que proporcionou ao assaltante José Roberto Arruda umas "férias" no presídio da Papuda, porém, até aqui, sem que o Ministério Público tenha sequer formalizado a denúncia à justiça. Talvez, porque implique anexar gravações e depoimentos envolvendo gente que hoje posa de indignada contra o "mar de lama" do atual governo, mas é citado textualmente como beneficiário daquela rapinagem. Tomara que seja só suposição e a promessa de envio até o fim do ano seja cumprida, inclusive com a presença de todos os membros da quadrilha arrolados nas denúncias, coisa que nem o asqueroso jornal paulista bota fé na medida em que envolve alguns dos seus queridinhos.