A boca torta pelo uso do cachimbo

Provavelmente, hoje, a cidade será palco de inúmeras manifestações de trabalhadores do setor da construção civil, cuja data-base é neste mês, na luta por um salário mais decente, melhores condições de trabalho e vida mais digna. Historicamente, esse setor sempre se notabilizou como um dos que mais explora a força de trabalho alheia, auferindo lucros fantásticos mas pagando muito mal à "peãozada".

E isto é facilmente constatável pela reivindicação salarial posta à negociação, mil reais para o mestre e setecentos e cinquenta para o auxiliar, convenhamos, nada astronômico para quem vem experimentando um aquecimento de vendas nunca visto antes, nem nos tempos das grandes obras dos milicos, pois, naquele período, o que víamos era mais pontual, enquanto agora percebemos que a construção civil está em franca atividade, inclusive na construção de casas populares, com a perspectiva dessa área manter-se aquecida ainda por muito tempo, dado o secular déficit acumulado.

Deseja-se e espera-se exito para os trabalhadores, afinal, depois que passamos ter um governo que está do outro lado do que costumavam ficar os governos anteriores, pudemos constatar que 90% das categorias obtiveram ganhos em suas negociações. Que continue assim.