A gota dágua, ou melhor a cachoeira responsável pelo adiamento, foi a colocação de duas caixas dágua, cada uma com capacidade para 25 mil litros, no telhado do prédio por determinação do engenheiro calculista Nagib Charone, aquele mesmo que aventou a possibilidade do desabamento do Real Class ter sido motivado pela queda de um raio às proximidades, mas contrariando as orientações dos especialistas em restauro de prédios históricos. Obviamente que a estrutura não comportou tanto peso, havendo o desabamento e destruição de parte do telhado, do forro e do piso do antigo quartel, daí a necessidade do adiamento a fim de que novas obras(entrará dinheiro público?) sejam feitas naquele espaço.
Mas,além das caixas , foi totalmente ignorado o papel do pessoal do Gerenciamento de Risco de Bens Culturais da Secult, único orgão apto a apresentar um laudo confiável a respeito da presença de cupins em estruturas dos prédios com essas características, por sinal, treinados, ainda em 2010, por técnicos do Instituto de Pesquisas tecnológicas(IPT)- o orgão nacional mais cacifado para esse tipo de treinamento- mas que teve seu papel esvaziado pelo novo titular daquela secretaria a partir de janeiro, conforme pudemos constatar a quando do fechamento misterioso do Teatro da Paz e a contratação de uma firma ligada a USP a um custo muito maior do que seria, caso tivessem recorrido à Secult, para promover a tal descupinização que o secretário alegou ser urgente.
Com efeito, não se sabe que novo espaço será usado para colocar as caixas. Espera-se apenas que seja em local seguro, tanto para o prédio quanto para quem nele circular, afinal, é legítimo que ao menos uma lição tenha ficado para os tais "renomados": aquela que diz que pra baixo todo santo ajuda. Cruz credo!
4 comentários:
Pois é né? E nas barbas do todo, todo salve, salve, ave, ave Paulo Chaves. Mas não é ele o grande arquiteto e guardião do patrimônio arquitetônico do estado?
Jorge, esse bem é tombado pela própia Secult, desde 1984. Será que eles não sabem que é um prédio do seculo XIX?
Ao que parece tem fundamento tuas suspeitas quanto às novas despesas, e sabedores das práticas megalomaníacas da "rainha da cultura do estado", os valores podem ir às alturas!Quem vai lucrar com isso?
Jorge, soube que esse prédio da PM tinha projeto pronto e recursos aprovados pelo IPHAN e MTUR para restauro (projeto sério) e abrigar um Centro Cultural da PM. Consta que estava previsto o Memorial da PM, sala de ensaio da banda, Arquivo, centro de atendimento ao turista. Pergunta-se:após a Casa Cor, o Sr. Chaves vai dar continuidade ao projeto deixado pela gestão anterior?
Postar um comentário